Quando eclodiu a busca por liberdade no Oriente Médio houve, por que não
dizer, uma comoção em todo o Ocidente, considerando que os sistemas de governo
em pauta eram fechados e, muitas vezes, dominados por oligarquias quase que
seculares e, mais ainda, há que se considerar que essas manifestações estavam
derrubando governos que, aos olhos de todo o Ocidente, eram considerados por
especialistas políticos e econômicos como extremamente fortes e dominadores
junto aos seus povos.
Talvez o único sistema que realmente se esmerou em, digamos,
"discutir a relação" com os insurgentes tenha sido o Governo Sírio
que, como todos sabemos e temos acompanhado, partiu para o embate e demonstrou
para esses opositores do regime que
aquele governo não cederia tão facilmente às manifestações e entregaria a chave
do palácio.
Quando o governo sírio
resistiu e seguiu-se suas vitorias contra os insurgentes do sistema constituído
considerando ai todo o aparato militar desse governo e esses mesmo
manifestantes sabedores que sua causa, como as de todos os outros em todos os
países daquela região eram BEM VISTOS E RECEPTIVOS aos olhos do ocidente,
partiram para ataques contra a população civil.
Os ataques a população civil da Síria sempre foi obra
dos insurgentes, não há sombra de duvidas quanto a isso e,
ao atribuírem os ataques criminosos contra crianças e idosos e toda
a população civil desarmada, cometendo "verdadeiros crimes de
guerra", esses insurgentes direcionaram toda a opinião publica do Ocidente
contra o Governo da Síria.
É sabido que se
qualquer grupo social politico, cultural ou religioso conseguir o apoio da
imprensa, terá meio caminho andado para alcançar seus objetivos e no caso
sírio, não foi diferente. Estavam com o "movimento" praticamente
perdido e, ao conseguir essa virada publicitaria, além de colocar toda a opinião
publica menos informada contra o governo sírio, conseguiram um aporte
substancial de armamento para o embate contra as forças do governo.
Outro
absurdo nesse episodio lastimável e nem um pouco estranho para quem acompanha
as ações da ONU, é justamente a atitude
que a mesma toma, sempre considerando o domínio e a persuasão Americana no
Conselho de Segurança, insistindo para que haja uma intervenção militar no país
sírio, salvando-se ai nesse episodio a postura Russa e Chinesa que
reiteradamente votam pela solução interna da convulsão social Síria, sem nenhum
tipo de intrometimento externo.
Autor: Guilherme Quadros
Email: gqkonig@hotmail.com
Gostaria de saber porque a "Primavera Árabe" não acontece em países alinhados com o Ociente como a Arábia Saudita, Brunei, Jordânia... Só quem possui o privilégio de gozar 4 estações são os Kadafis?
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