terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Índio do Uruguai - Dante Ramon Ledesma


Índio do Uruguai
Dante Ramon Ledesma

Conheci um velho índio do Uruguai
Ele já foi onde a gente não sabe se vai
Eu aprendi com o velho índio do Uruguai
Que a vida é de quem correr menos em busca de mais

Disse que o mar para na areia
Me disse que a alma é mais branca
naqueles que a pele é mais feia


Conheci um velho índio do Uruguai
Que fez e que faz coisas índias que branco não faz
Me disse que a estrela Dalva assim que sai
Está na hora de falar ao filho em nome do pai.

Disse que o mar para na areia
Me disse que a alma é mais branca
naqueles que a pele é mais feia
Disse que o mar para na areia
E disse que fome de amor
só amor é que serve de ceia



quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Relatório da PF conclui que houve vazamento do Enem 2016, diz MPF

Polícia Federal aponta estelionato qualificado e que ao menos duas pessoas foram beneficiadas. Procurador diz que crime compromete 'lisura' do exame.


Ministério Público Federal (MPF) informou nesta quinta-feira (1) que recebeu relatório da Polícia Federal (PF) que aponta que houve vazamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2016). Segundo o MPF, no relatório do inquérito, a Polícia Federal afirma que as provas do primeiro e do segundo dia do exame, além da redação, vazaram antes do início da aplicação para, pelo menos, dois candidatos.
Segundo o MPF, no texto a PF expressa sua convicção de que houve crime de estelionato qualificado. No domingo 6 de novembro, segundo dia de provas do Enem, candidatos foram presos no Ceará e no Amapá flagrados com o tema da redação. Em Fortaleza, a polícia encontrou no bolso de um homem de 34 anos o tema e um texto pronto para ser transcrito. Ele ainda recebeu o gabarito pelo celular e usou também ponto eletrônico na sala do exame.
Em Macapá, um homem de 31 anos foi preso logo depois de deixar o local de prova. Ele confessou que sabia previamente o tema da redação. Com ele, foi encontrado um texto com o assunto "intolerância religiosa", aplicado no Enem a quase 6 milhões de candidatos em todo o país.
O G1 entrou em contato com o Ministério da Educação (MEC) para obter o posicionamento da pasta e aguarda retorno. Nesta tarde, o o procurador da República Oscar Costa Filho deve detalhar os desdobramentos do caso. O MPF pede que as notas da redação não sejam utilizadas.
Entretanto, em nota, o procurador adiantou que a íntegra do relatório e peças do inquérito serão anexadas ao recurso do MPF que já tramita no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, no Recife (PE).
“Uma quadrilha organizada nacionalmente teve acesso antecipado às provas. Isso compromete a lisura do exame e a própria credibilidade da logística de segurança que vem sendo aplicada”, afirmou o procurador.
De acordo com nota do MPF, em um trecho do relatório a PF destaca que, após a análise de celulares apreendidos, "concluiu-se que os candidatos receberam fotografias das provas e tiveram acesso aos gabaritos e ao tema da redação antes do início do exame".

Frase código

Ainda de acordo com a nota do MPF, a polícia afirma que os candidatos tiveram acesso à "frase-código" da prova rosa, o que permitia que candidatos que deveriam fazer provas diferentes da rosa pudessem preencher o cartão de respostas de acordo com o gabarito transmitido pela quadrilha, não importando a cor da prova que o candidato tenha recebido no exame, já que a frase-código é o que legitima a correção conforme a cor referente à frase.
"Tanto o gabarito quanto a frase-código foram divulgados antes do exame, o que garante a responsabilidade de afirmar que houve vazamento da prova", diz o relatório.
A Polícia Federal aponta, ainda, que apesar de dois candidatos terem sido presos em operações policiais diferentes, ambos receberam exatamente as mesmas fotografias com gabaritos das provas, porém de intermediários diferentes, o que indica que a origem do vazamento é a mesma.
Quanto à prova de redação, a perícia da PF identificou que os candidatos presos iniciaram pesquisas no Google sobre o tema da redação a partir de 9h38 do dia 6 de novembro, indicando que tiveram acesso ao tema antes do início da aplicação das provas.

Fonte: http://g1.globo.com/

Relatório da PF conclui que houve vazamento no Enem 2016, diz MPF

Investigação aponta que gabaritos das provas objetivas e da redação vazaram antes da aplicação do exame


O Ministério Público Federal no Ceará confirmou nesta quinta-feira que recebeu relatório da Polícia Federal sobre a investigação de fraudes nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo o documento, as provas dos dois dias do exame, além da redação, vazaram antes do início da apuração para pelo menos dois candidatos.
Segundo o MPF, a Polícia Federal aponta que houve crime de estelionato qualificado no caso. O documento agora será anexado ao recurso do MPF que tramita na Justiça.
“Uma quadrilha organizada nacionalmente teve acesso antecipado às provas. Isso compromete a lisura do exame e a própria credibilidade da logística de segurança que vem sendo aplicada”, afirma o procurador Oscar da Costa Filho, autor da ação.
Segundo o MPF, o relatório aponta que os candidatos tiveram acesso à "frase-código" que permitiria preencher o cartão de respostas corretamente, independentemente da cor da prova aplicada.
"Tanto o gabarito quanto a frase-código foram divulgados antes do exame, o que garante a responsabilidade de afirmar que houve vazamento da prova", diz trecho do relatório divulgado pelo MPF.
Os dois candidatos flagrados foram presos pela Polícia Federal em operações diferentes, um em Minas Gerais e outro no Maranhão. No entanto, a investigação aponta que a origem do vazamento é a mesma.
Sobre a redação, a PF apurou que os candidatos presos começaram a fazer pesquisas no Google sobre o tema da redação a partir das 9h38 do dia 6 de novembro, dia da prova, o que indica que tiveram acesso ao assunto antes do início da aplicação, às 13h30.
Fonte: Radio Gaucha / Grupo RBS