sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

"É nóis curintia" mas... E agora "manos"??


Todo o torcedor que se preza e ama seu time, sonha com vitórias, Sê dramáticas e marcantes, melhor ainda e títulos, muitos títulos, sê de alcance continental e mundial, aí é tudo de bom.
            
O brasileiro, é sabido, tem o gene do futebol no sangue e, lá no âmago do seu ser, sabe que seu time só vai ser grande aos olhos de todos quando fechar o ciclo de grandes conquistas, onde incluem-se titulo brasileiro, um continental e o mundial. Com essas conquistas adquire-se, inclusive, o respeito dos mais ferrenhos adversários, além do reconhecimento de toda a mídia, particularmente, a de fora do país e mais, galgar esse caminho não é fácil. Se assim fosse, todos teriam títulos todos os anos.
            
Na linguagem do torcedor apaixonado, a camisa do time é chamada de manto sagrado e é sinônimo de respeito, objeto quase imaculado, sagrado aos olhos da massa daquele time.
            
Imagine, então, o tamanho da dor da imensa nação corintiana ao ver associado à sua maior paixão, maculando o nome e manchando seu manto sagrado, o evento do sinalizador que culminou com a morte de um torcedor na Bolívia, pois todo o trajeto caminhado em 2012, buscando aquele reconhecimento fora do País, hoje já caiu por terra e pior, tem a marca do Corinthians associado à violência desmedida, gratuita e estampada, talvez ainda com mais espaços, em toda a mídia de todas as partes do mundo.
            
Todo o caminho trilhado, agregando sucesso e reconhecimento do Timão, foi nefastamente tirado por um ato de uma dúzia de torcedores sem limites, possivelmente, os mesmos que quebraram e saquearam o aeroporto, quando da viagem para o Japão e, já ali naquele episodio não sofreram nenhum tipo de critica. Também há que se alertar o presidente da Nação Corintiana que, ao que pareceu ontem nas entrevistas, mencionou que aqueles torcedores não eram culpados e quis atribuir o evento do sinalizador a uma mera fatalidade. Ora, senhor Mario Gobbi, fatalidade seria se, ao disparar o sinalizador, o mesmo batesse em algum objeto ao subir e voltasse em direção à torcida. Não no caso latente, flagrado pelas imagens, onde o mesmo foi disparado intencionalmente em direção à torcida adversária. Era obvio que iria atingir como de fato aconteceu, alguém do outro lado.
            
É justamente por esse tipo de postura de alguns dirigentes de futebol, por esses atos paternalistas e protecionistas, que o torcedor se julga sem limites e propenso aos mais variados atos de vandalismo e violência contra tudo e contra todos.
            
Por fim, a que se alertar aos clubes de futebol que as torcidas organizadas não podem tornar-se maiores e mais conhecidas que suas marcas, se assim acontecer, fiquem atentos, pois algo esta errado e mais, o que realmente organiza e aglutina uma torcida é um projeto bem feito e com resultados de campo, isso traz o crescimento e enche estádio, não havendo necessidade de patrocinar essas verdadeiras quadrilhas de bandidos uniformizados.
            
E agora “manos”?? Se ficar só no afastamento da torcida do estádio, ainda assim, o manto da Fiel estará, pra sempre, queimando desde o momento que aquele sinalizador foi disparado.

Autor: Guilherme Quadros
Email: gqkonig@hotmail.com

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