sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A intolerância política das pessoas



Por esses dias, é um período difícil das pessoas administrarem suas relações pessoais em cada município desse brasilsão dado ao fato de estar se desenvolvendo as eleições municipais em cada uma dessas comunidades País afora.
            Nesse período o cumprimento entre as pessoas fica mais estreito, meio rude, sisudo, sendo que até o teu vizinho de porta te olha com diferença por você ter se manifestado de um lado diverso, politicamente falando, do dele.
            Sem contar o estremecimento que até famílias divide, velhas amizades são trocadas por uma promessa de cargo fácil que, às vezes, até nem chega, pois a gana de “ganhar alguma coisa”, faz você perder um aperto de mão forte e sincero, um sorriso farto e um abraço aconchegante. Vivenciar nesse período aquele “happy hour” com colegas e amigos, nem pensar já que “ele” esta apoiando o fulano lá, “melhor não se misturar”.
            O que se manifesta nas pessoas nessa época é a mal fadada da tal de intolerância que, a bem da verdade, é não permitir ao outro a liberdade de escolha, o livre pensamento. Nessas pessoas está incrustada a mesma intolerância que a sociedade tem (e esta dormindo em cada um) com o tal do credo religioso, a opção sexual de cada um, a cor da pele. Esquecem eles que cada pessoa pode e deve fazer aquilo que lhe apetece, que lhe satisfaça, que traga o âmago da saciedade à sua alma. Imagine se todos gostassem só da cor azul, vermelha, verde ou apenas um time de futebol, só Palmeiras, Grêmio, Inter ou Botafogo. Vejam bem, nem campeonato teríamos para vibrar e com os partidos políticos não pode ser diferente.
            A tal da oposição se apresenta ao ser humano justamente para que ele possa exercitar a sua inteligência, expor seu ponto de vista, divagar sobre suas ideias e apenas as pessoas inteligentes conseguem interagir nesse contexto, explicitando seu ponto de vista sem ser ofensivo e desrespeitoso com a opinião do seu opositor.
            Temos todos que ter em mente que a tal “da campanha política” não deve passar do campo da explanação de ideias, de tal modo que as amizades, os contatos pessoais, os cumprimentos não fiquem difíceis e possam, na segunda-feira logo após o pleito, ter ainda o sentimento de carinho exposto no sorriso de cada um de nós.

Autor: Guilherme Quadros
Email: gqkonig@hotmail.com

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