quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Você tem cara de . . .

Já diz um velho e surrado ditado que “quem vê cara, não vê coração” e isso é uma das maiores “verdades absolutas” que circulam nos meios sociais, tangenciando desde as classes mais abastadas até aos menos abastados, mas sempre fazendo a primeira avaliação baseando-se no estilo de vestir-se, qual carro tem, onde mora e, não raras vezes, fazendo conceito negativo das pessoas.
            
Vivemos dias de gloria Brasil adentro, com o livre-arbítrio sendo usado das mais variadas formas, com as pessoas rompendo barreiras, mostrando-se, usufruindo da liberdade de fazer e dizer o que bem entende e expressando essa vontade na praça, na esquina, no barzinho, onde lhe convém e quando a vontade aparece. Dependendo do lugar, dá até pra pensar, às vezes, que o tal do preconceito foi banido do nosso meio social.
            
Nesse País de dimensões continentais, onde há uma diversidade de culturas e, em alguns casos, até parece que temos varias nações sobre a mesma bandeira e falando o mesmo idioma dado, é claro, as diferenças de costumes praticados e onde, historicamente os brasileiros abaixo da linha do equador sempre teceram comentários pejorativos e impropérios contra os brasileiros que habitam mais ao norte do País, tornando muitas vezes até a convivência um tanto quanto difícil e que nos últimos anos vem sendo atenuada muito em função, justamente, dessa liberdade de expressão e o tal do livre-arbítrio.
            
Então, vejam vocês que, de onde menos se poderia esperar uma critica áspera, incisiva e preconceituosa, exatamente por que o povo do nordeste sempre sofreu com esse tipo de situação, aparece uma suposta “jornalista” do Rio Grande do Norte, fazendo comentários pejorativos, indelicados e mitigando a própria historia de luta migratória que o povo nordestino sempre teve que fazer para sobreviver, ao fazer um comentário sobre os médicos (aqui entenda-se: seres humanos) cubanos que chegam ao Brasil, buscando uma vida melhor.
            
Quero pontuar que, também estou na fila que se opõem a vinda de profissionais da área medica para o Brasil, mas nem por isso tenho que atacar pessoalmente, como nesse lamentável episódio do Rio Grande do Norte, as pessoas que estão chegando. Se há alguém para ser atacado é “quem autorizou”, assinou e avalizou essa situação. Eles, os profissionais, estão apenas preenchendo espaços oferecidos.
            
Por fim, há que se explicar a “repórter potiguar” que no sul não se fala mais em empregadas domesticas e sim “secretarias do lar”, para definir quem nos dá o suporte necessário dentro de casa.
            
VOCÊ TEM CARA DE DOMÉSTICA!!!

Vê se é concebível um comentário com ênfase na mais pura essência do que significa o tal do preconceito.


Ainda temos muito a crescer, todos nós, enquanto nação, educação, simpatia e, principalmente, respeito ao próximo.
Autor: Guilherme Quadros
Email: gqkonig@hotmail.com

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