quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Até onde vale o direito de escolha no Rio de Janeiro?

Tenho acompanhado, mesmo de longe, as manifestações que ocorrem no Rio de janeiro, particularmente, contra o governador Sergio Cabral e, de curioso, fui olhar o resultado das eleições. O que mais me chamou a atenção é que esse modelo de gestão do Cabral já vem de uma reeleição e, mais curioso ainda, sem a menor chance de seus oponentes ganharem o pleito, já que não houve segundo turno e o resultado por si só já diz muito da aceitação popular ou não, como já mencionado, daquele modelo de gestão apresentado no Estado fluminense. Se não, vejamos o resultado:

Resultado completo da eleição para governador no RJ:

Sergio Cabral (PMDB): 5.217.972 (66,08%)

Gabeira (PV): 1.632.671 (20,68%)
Fernando Peregrino (PR): 853.220 (10,81%)
Jefferson Moura (PSOL): 131.980 (1,67%)
Cyro Garcia (PSTU): 48.793 (0,62%)
Eduardo Serra (PCB): 11.299 (0,14%)

É como se diz aqui no sul: “não deu nem pra saída” ou “foi uma lavagem: barba, cabelo e bigode.
            
Muito mais curioso ainda é que essas manifestações e acampamentos, em frente à residência do Cabral, são feitas por pouco mais de 300 gatos pingados que exigem a sua saída ou renuncia e, ao que tudo indica, desconsiderando totalmente o resultado das eleições de 2010.
            
Parece e ecoa em todo o País, que esses pouco mais de 300 manifestantes têm uma representatividade que suplanta todo o contexto do resultado final de votos auferidos pelo Cabral e chancelado numa reeleição, fazendo uma inversão de valores que, se contado por aí seria até motivo de piada e uma situação hilária, não fosse à violência empregada por esses “ilustres manifestantes cariocas”.
         
Eis aí um exemplo materializado do que realmente significa uma “inversão de valores éticos e sociais numa democracia”.
         
Tem coisas que só podem e encontram guarida para se suceder no Brasil, pois não são os mais de cinco milhões de eleitores que querem a renuncia do governador e sim pouco mais de 300 pessoas.
            
Será que alguma inteligência rara pode explicar esse fenômeno de representatividade social, cultural e de reivindicar que ocorre no Estado do Rio de janeiro???

Autor: Guilherme Quadros
Email: gqkonig@hotmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário