domingo, 3 de novembro de 2013

Ciúmes: eu tenho e você?

O sentimento de posse das mais variadas coisas que, às vezes, mesmo sem querer, toma conta de nós quando pressentimos que alguém ou alguma coisa, ambiente, circunstancia e, particularmente, pessoas se aproximam do que julgamos nos pertencer ou da qual achamos que temos posse, indo desde a pessoa amada, passando pelos filhos, avós, netos, amigos, objetos pessoais, enfim, tudo de que gostamos e faz parte do nosso universo e pelo qual tememos perder, chamamos de ciúmes.
            
E convenhamos que seja um sentimento perfeitamente justificável de quem “detém” a posse do objeto ou pessoa cobiçada se considerarmos o ponto de vista do “dono da coisa”, havemos de ponderar que por quanto tempo o “dono” tenha batalhado por aquela conquista que pode ser uma bola de futebol que uma criança ganha e mesmo que ela sirva apenas para jogar futebol e é para isso que foi fabricada, ainda assim a criança que ganhou não permite que outros a chutem e a maltratem, esfolem ou sujem o seu objeto. Perfeitamente aceitável.
            
Veja no caso dos romances, tema que envolve varias nuances, já que trata da índole individual do ser humano e da qual ainda a ciência engatinha quando o tema é justamente explicar o comportamento humano nas relações pessoais que envolvem algum tipo de sentimento e que determinadas atitudes podem ser chamadas de qualquer coisa menos de racional, já que foge do cotidiano sociável, muitas vezes entrando num universo distinto, fugindo completamente até da característica afável, amável e social do individuo que se julga, em algum momento, preterido na relação amorosa.
            
Com o advento das redes sociais, as relações pessoas ficaram mais estreitas, próximas, fáceis, estando a um “clic” ou “enter” do contato. Eis aí um dos pontos de maior desentendimento nas relações das pessoas, gerando a desconfiança e acarretando o mal fadado sentimento de ciúmes que, se não for bem administrado leva até a cisão da relação, mesmo que haja um sentimento mutuo muito intenso entre ambos. Ainda, que por se julgarem “modernos”, intelectualizados e inseridos nos mais modernos meios de comunicação do momento, pecam ao não conversarem entre si e ajustarem suas condutas dentro da relação, orbitando num universo alheio aos seus próprios sentimentos.
            
Ainda tenho em mente que o “que não quero pra mim” naturalmente “não posso fazer com o outro” logo, se eu não quero esse contato mais estreito com os teus contatos nas redes sociais, particularmente do sexo oposto, por certo que eu também não posso exercitar tal preceito por que: SE EU POSSO, TU TAMBEM PODE, certo?
             
E vamos considerar que não é difícil de ajustar isso. Basta apenas os casais tanto de casados, namorados, ficantes e outros deixarem de se “acharem moderninhos” e ajustarem suas condutas com relação à liberdade de cada um e até onde cada um pode ir sem magoar o outro e melindrar a relação que, se for boa e saudável, tem que ser regada a grandes doses de paixão e massageada todos os dias com muito carinho e afeto.
            
Não é difícil. É sentar, conversar e ajustar as coisas.
            
Todos nós podemos, vamos praticar, hem ??? 


Autor: Guilherme Quadros
Email: gqkonig@hotmail.com

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