quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Ataque de drone (avião espião E.U.A.) mata alunos de escola religiosa no Paquistão.

Ao menos oito morreram no distrito de Hangu, no noroeste do país. Avião não-tripulado teria disparado três mísseis.


Pelo menos oito alunos de uma escola religiosa muçulmana situada no distrito de Hangu, no noroeste do Paquistão, morreram por causa de um bombardeio efetuado na madrugada desta quinta-feira (21) por um avião espião dos Estados Unidos, informaram à Agência Efe fontes oficiais.
O ataque ocorreu por volta das 5h locais (22h de Brasília da quarta-feira) na área de Tal e o drone disparou pelo menos três mísseis que atingiram a escola religiosa, segundo uma fonte do escritório de coordenação das áreas tribais.
Um responsável da polícia de Hangu confirmou que oito pessoas morreram no bombardeio, todas elas alunos da madrassa Muktaba Darul Uloom, de acordo com informações do jornal local "Express Tribune".
O bombardeio acontece um dia depois de o governo paquistanês ter afirmado que Washington tinha se comprometido em acabar com os ataques de aviões não tripulados, com a condição de que as conversas de paz entre as autoridades do Paquistão e o movimento talibã fossem retomadas.
A tensão entre Paquistão e Estados Unidos pelo uso de drones aumentou nas últimas semanas por causa da morte do líder talibã Hakimulla Mehsud em um bombardeio americano há três semanas, justo quando seria iniciado o diálogo entre Islamabad e a cúpula do movimento insurgente.
Os controvertidos ataques com aviões não tripulados geram cada vez mais críticas dentro do Paquistão, em organizações internacionais de direitos humanos e, inclusive, de responsáveis das Nações Unidas, por causa da morte de civis.
A Anistia Internacional denunciou neste mês, em um relatório, a falta de transparência do governo dos Estados Unidos e a existência comprovada de vítimas civis em ataques de drones.
No decorrer de 2013, ocorreram 20 bombardeios com aviões não tripulados, que provocaram a morte de quase 150 pessoas, números inferiores aos dos últimos anos no que se refere às operações aéreas em território paquistanês.
Fonte: g1.globo.com/mundo/noticia/11/2013.

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