domingo, 28 de outubro de 2012

A Bandidagem patrocinada na Síria.


            Nós, no ocidente, nos deleitamos com o rotulo de nos posicionarmos a favor de uma causa que, aos olhos dos menos avisados, é uma revolução que busca oportunidades e liberdade para todos igual a tantas ocorridas na região do Oriente Médio e que, nós ocidentais, chamamos charmosamente de Primavera Árabe. Tem muito mais do que apenas liberdade, tem poder, tem a riqueza do petróleo e domínio sobre povos e pessoas.
            E aqui, cabe uma ressalva aos métodos empregados pelos insurgentes sírios que, sentindo a mão forte do governo se opondo aos seus interesses e quando a causa revolucionaria começou a perder folego, não mediram esforços para chamar a atenção e simpatia para sua luta, tanto que atacaram de maneira vil, traiçoeira e odiosa a população civil, dizimando famílias inteiras, incluindo aí idosos e crianças. O fruto dessas matanças atribuiu-se ao governo, tendo como objetivo principal, macular a imagem do governo oficial da Síria e através da pressão popular do ocidente forçar uma intervenção militar na Síria, nos moldes já praticados no Afeganistão (onde toda a população era terrorista) e Iraque (com um arsenal de armas químicas), o que de pronto foi rechaçado pela Rússia e China, pois desta vez, talvez, a opinião publica ocidental não fosse ludibriada novamente.
            Como a chacina interna não surtiu efeito, os insurgentes vieram com uma nova tática nada pragmática, mas bem definida pelo contexto histórico que existe naquela região. Iniciaram ataques pontuais a Turquia, tendo como objetivo, o envolvimento desse e, possivelmente, outros países no conflito, deflagrando ali, uma guerra regional de proporções inimagináveis, dada a inquietude e ranço histórico existente e que envolve praticamente todos os países daquela parte do Globo Terrestre.
            O que causa estranheza e merece repudio dos formadores de opinião de todo o ocidente é ninguém denunciar as atrocidades causadas pelos insurgentes sírios que, na gana de abocanhar o poder, não medem as consequências de seus atos, inclusive com a conivência de grandes nações do ocidente e, particularmente, do Conselho de Segurança da ONU, que todos sabemos, quem é que domina e manuseia como bem entende.

Autor: Guilherme Quadros
Email: gqkonig@hotmail.com

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