Quando a revolta de 1789 encontra a paciência de 2025.
Capítulo 1 – O Dia em que o Povo Perdeu o Medo
Em 14 de julho de 1789, o povo francês tomou a Bastilha. Não foi apenas a queda de uma prisão: foi o símbolo da destruição de uma casta que vivia de impostos, privilégios e desprezo pelo resto da população. A partir dali, a monarquia absolutista começou a sangrar até desaparecer.
Avançando mais de dois séculos, chegamos ao Brasil, onde Brasília funciona como uma Bastilha moderna — só que muito mais confortável, com ar-condicionado, tapete persa e cafezinho pago pelo contribuinte. A diferença é que, por enquanto, ninguém derrubou seus portões.
Capítulo 2 – O Castelo de Concreto
Se a Bastilha representava a opressão e o abuso do poder, Brasília representa algo parecido:
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Políticos que legislam para si;
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Magistrados que decidem como monarcas;
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Servidores de elite blindados por privilégios.
Lá na França do século XVIII, o estopim foi o aumento do preço do pão. Aqui, o pão já está caro faz tempo, mas seguimos tentando disfarçar a fome com novela, futebol e carnavais fora de época.
Capítulo 3 – O Eco da História
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A desigualdade é gritante;
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O desprezo pelas necessidades populares é institucional;
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E o isolamento das elites é cada vez mais ostensivo — vide ministros e autoridades que não querem “contato com pessoas mal-intencionadas” em aeroportos.
O problema é que, quanto mais alto se constrói a muralha, mais violenta costuma ser a queda.
Capítulo 4 – Brasília Está Segura?
Conclusão – As Bastilhas Não Duram Para Sempre
A lição é simples: nenhuma fortaleza resiste quando o povo perde o medo. A França descobriu isso no final do século XVII. Brasília ainda não — mas está brincando com a mesma receita:
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Privilégios concentrados;
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Desprezo pela realidade;
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E uma população cansada de bancar um luxo que nunca usufrui.
A queda pode não vir amanhã. Mas, como a história já provou, as Bastilhas sempre caem. E quando caem, caem rápido.