terça-feira, 12 de agosto de 2025

A Queda da Bastilha Francesa e o Reflexo da Realidade Brasileira: Será o Início da Queda de Brasília?

Quando a revolta de 1789 encontra a paciência de 2025.


Capítulo 1 – O Dia em que o Povo Perdeu o Medo

Em 14 de julho de 1789, o povo francês tomou a Bastilha. Não foi apenas a queda de uma prisão: foi o símbolo da destruição de uma casta que vivia de impostos, privilégios e desprezo pelo resto da população. A partir dali, a monarquia absolutista começou a sangrar até desaparecer.

Avançando mais de dois séculos, chegamos ao Brasil, onde Brasília funciona como uma Bastilha moderna — só que muito mais confortável, com ar-condicionado, tapete persa e cafezinho pago pelo contribuinte. A diferença é que, por enquanto, ninguém derrubou seus portões.


Capítulo 2 – O Castelo de Concreto

Se a Bastilha representava a opressão e o abuso do poder, Brasília representa algo parecido:

  • Políticos que legislam para si;

  • Magistrados que decidem como monarcas;

  • Servidores de elite blindados por privilégios.

Lá na França do século XVIII, o estopim foi o aumento do preço do pão. Aqui, o pão já está caro faz tempo, mas seguimos tentando disfarçar a fome com novela, futebol e carnavais fora de época.


Capítulo 3 – O Eco da História

Toda casta acha que é eterna… até o dia em que não é.
Na França, a revolta começou pequena, mas se espalhou como fogo em palha seca. No Brasil, o distanciamento entre governantes e governados é tão grande que o povo mal acredita que eles vivam no mesmo país.

  • A desigualdade é gritante;

  • O desprezo pelas necessidades populares é institucional;

  • E o isolamento das elites é cada vez mais ostensivo — vide ministros e autoridades que não querem “contato com pessoas mal-intencionadas” em aeroportos.

O problema é que, quanto mais alto se constrói a muralha, mais violenta costuma ser a queda.


Capítulo 4 – Brasília Está Segura?

Por enquanto, sim.
Mas a história não costuma mandar aviso prévio.
A Bastilha caiu em um único dia, mas levou décadas de arrogância e descaso para que aquele momento chegasse. Brasília está acumulando esse mesmo capital de rancor, um ato político de cada vez.


Conclusão – As Bastilhas Não Duram Para Sempre

A lição é simples: nenhuma fortaleza resiste quando o povo perde o medo. A França descobriu isso no final do século XVII. Brasília ainda não — mas está brincando com a mesma receita:

  • Privilégios concentrados;

  • Desprezo pela realidade;

  • E uma população cansada de bancar um luxo que nunca usufrui.

A queda pode não vir amanhã. Mas, como a história já provou, as Bastilhas sempre caem. E quando caem, caem rápido.

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