O espetáculo da enganação, pago com o suor de quem já deu tudo de si.
Capítulo 1 – O Espetáculo Começa
Mais uma CPI. Mais discursos inflamados, flashes, manchetes e promessas de “investigação profunda”.
O tema agora é o INSS — essa máquina emperrada que consegue ser, ao mesmo tempo, o retrato da incompetência e da crueldade estatal.
Mas, como todo bom espetáculo político, o objetivo real não é resolver nada. É fingir indignação diante das câmeras, enquanto o aposentado, que sustentou o país a vida inteira, continua sendo humilhado nas filas, nas perícias e nos sistemas que nunca funcionam.
Capítulo 2 – O Aposentado Como Alvo
O brasileiro que trabalhou 40, 50 anos acreditando no sistema é agora tratado como estorvo.
Virou número, processo, protocolo.
Enquanto deputados ensaiam discursos de “solidariedade”, o idoso enfrenta meses esperando análise de benefício, perícia remarcada e um atendimento que mais parece punição por ter envelhecido.
É a tragédia travestida de burocracia.
Capítulo 3 – O Circo da CPI
Na CPI, o roteiro é o mesmo: gritos, trocas de acusações, promessas de punição. No fim, ninguém é punido.
O palanque é político, o espetáculo é midiático e o público — o povo — é feito de bobo mais uma vez.
As “descobertas” são sempre óbvias: fraude, desvio, ineficiência. Como se fosse novidade.
A grande verdade é que a CPI serve mais para proteger do que para investigar.
Capítulo 4 – O Palhaço da História
O aposentado é o verdadeiro palhaço do espetáculo.
Pagou uma vida inteira de contribuição acreditando na segurança do amanhã, e hoje sobrevive com migalhas.
Enquanto isso, quem legisla sobre o futuro dos velhos desfruta de aposentadorias especiais, vitalícias, com auxílios e reajustes automáticos.
O mesmo país que se orgulha de “respeitar os idosos” é o que mais os despreza na prática.
Capítulo 5 – A Moral do Espetáculo
CPI do INSS? Circo caro, sem riso e sem final feliz.
Um show onde o palhaço chora, o público sofre e os artistas principais continuam rindo nos camarins refrigerados de Brasília.
O aposentado não quer piedade — quer respeito, dignidade e o básico: um Estado que funcione.
Conclusão – O Último Aplauso
Enquanto houver CPIs que não punem, políticos que fingem e um povo que ainda acredita em palanque travestido de justiça, o circo continuará de pé.
Mas um dia, o palhaço pode cansar.
E quando ele parar de rir, o espetáculo acaba.
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