Quando a blindagem substitui a imprensa livre.
Capítulo 1 – O Escândalo Que Não Pode Ser Nomeado
Há denúncia, há documentos, há acusações. Mas, quando o alvo é o Supremo Tribunal Federal, a regra muda. Em vez de manchetes, silêncio. Em vez de apuração, indiferença.
De repente, o jornalismo que se diz fiscal do poder esquece a função básica: questionar, investigar, expor.
Capítulo 2 – O STF, a Nova Monarquia
Na prática, o STF já não é tratado como instituição pública, mas como uma casta intocável. Criticar, questionar ou noticiar algo que arranhe a imagem dos ministros é visto quase como blasfêmia.
A grande imprensa, que adora posar de guardiã da democracia, ajoelha diante da toga.
Capítulo 3 – A Seletividade da Indignação
Se a denúncia fosse contra um político em baixa ou contra algum desafeto da mídia, já estaria estampada em todos os portais.
Mas como o alvo é o STF — parceiro útil em várias narrativas —, a denúncia some.
O critério não é a gravidade do fato, mas a conveniência do momento.
Capítulo 4 – O Preço da Blindagem
Por trás desse silêncio há cálculo: publicidade estatal, relações políticas e a própria sobrevivência de veículos que já não vivem de assinaturas, mas de verbas públicas e patrocínios milionários.
Questionar o STF é arriscar perder privilégios. Então, melhor tratar como se nada tivesse acontecido.
Capítulo 5 – O Povo Percebe
A blindagem não engana todo mundo. O cidadão percebe a incoerência. Percebe que a grande imprensa grita contra alguns e sussurra — ou silencia — diante de outros.
Esse silêncio seletivo corrói a credibilidade jornalística e empurra a população para outros meios de informação, mesmo que informais ou alternativos.
Conclusão – O Silêncio Como Confissão
Por que a denúncia de Tagliaferro contra o STF não encontra eco na grande imprensa?
Porque eco demais faria o castelo tremer.
E no Brasil de hoje, a imprensa prefere ser cúmplice da blindagem do que fiel à própria missão.
No fim, o silêncio não esconde a verdade — apenas denuncia, em alto e bom som, que a liberdade de imprensa tem donos e limites.
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