Não são raros os vídeos
compartilhados na internet e redes sociais que captam a exatidão do momento em
que uma pessoa consegue ouvir o primeiro ruído, depois de um tratamento ou com
a ajuda de aparelhos que corrijam uma falha no sistema de audição dessas
pessoas. As reações são as mais variadas possíveis e isso traz um sentimento
inenarrável para esses pacientes.
Já, aos considerados “normais”, que nunca tiveram
qualquer tipo de anomalia auditiva, as vezes até uma batida de porta acaba por
incomodar, um tom de voz mais alterado, então, nem se fala. A isso, por vezes,
chamamos de poluição sonora por que nos traz um desequilíbrio no ambiente,
desconcentração e irritabilidade.
De outra banda, também a poluição sonora que incomoda
alguns, pode ser um belo momento de alegria de outros tantos. vejamos, por
exemplo, as baladas onde uma enorme parcela de pessoas participam, numa
exposição de muitos decibéis acima no permitido, se esbaldam, deixam seus
estresses temporariamente, se renovam para as suas lutas diárias, ou ainda, num
estádio de futebol, onde o rugido da torcida nada mais é do que uma explosão de
alegria pelo gol do time favorito, refletido mais uma vez, numa enorme carga de
decibéis ensurdecedores, dos quais nenhum dos presentes reclama e sim se renovam
naquela alegria momentânea.
Então, há que se ficar claro e bem traduzido que a
definição de poluição sonora tem que considerar o ambiente vivenciado por cada
individuo, ponderando que talvez, o que “me incomoda” seja justamente o motivo
de transbordamento de alegria de quem se encontra ao meu lado, tendo como
elemento dessa definição o ambiente e o estado de espirito de cada individuo.
Guilherme Quadros
Polo Três Passos-RS
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