quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Onde Moram e Por Onde Circulam os Chefões das Milícias no Brasil?

O retrato de um poder que veste terno, dirige SUVs e dita leis sem nunca sentar no Congresso.


Capítulo 1 – O Crime que Anda de Gravata

Não é mais o tempo do bandido escondido no morro, armado e sujo de pólvora.
O novo crime no Brasil usa perfume caro, mora em condomínio fechado e tem o número do vereador no celular.
A figura do miliciano evoluiu: o “dono do morro” virou “empresário do território”.
Enquanto o soldado aperta o gatilho nas vielas, o chefe assina contratos, negocia licitações e tira selfie em churrascos com políticos locais.

Hoje, o verdadeiro poder das milícias não está nas favelas, mas nos gabinetes e nas planilhas.
O tráfico foi bruto. A milícia é burocrática. E, por isso mesmo, mais perigosa.


Capítulo 2 – Onde Moram os Senhores da Nova Ordem

Os chefes das milícias não moram onde o sangue corre.
Eles preferem a vista panorâmica, o asfalto, o ar-condicionado.
Vivem em casas discretas, muitas vezes em bairros de classe média ou condomínios afastados — locais onde o “bom cidadão” acha que está seguro.
Alguns se tornaram tão sofisticados que já investem em imóveis de luxo e empresas de fachada, registradas no nome de parentes e laranjas.

Essas residências, quase sempre fora das zonas dominadas, funcionam como “escritórios invisíveis” — espaços de articulação com empresários, políticos, policiais e até religiosos.
O crime, aqui, não se esconde no beco: ele se esconde na formalidade.


Capítulo 3 – Por Onde Circulam os Intocáveis

Os chefões das milícias não se arriscam em becos, mas frequentam salões, restaurantes e gabinetes.
Circulam em carros de luxo, participam de reuniões políticas e financiam campanhas.
São vistos em eventos sociais, igrejas e reuniões comunitárias — sempre com o discurso pronto do “cidadão de bem que luta pela segurança”.
Em muitos casos, são eles próprios agentes públicos, ex-policiais, vereadores ou assessores de confiança.

Assim, circulam com a tranquilidade de quem sabe que a farda, a toga ou o crachá certo garantem mais proteção do que um colete à prova de balas.


Capítulo 4 – A Geografia da Impunidade

Enquanto o país debate quem deve ser o “culpado pela violência”, as milícias expandem seus domínios como uma empresa sem concorrência.
O Rio de Janeiro foi o laboratório.
Hoje, o modelo se espalha — copiando-se em cidades médias e capitais do Norte e Nordeste.
O método é simples e eficaz:
controlar o território, o voto e o comércio local.
Dominar o transporte, o gás, a internet e até os loteamentos.

No fim, o miliciano se torna o que o Estado deixou de ser: a autoridade, o cobrador de impostos e o dono da lei.


Capítulo 5 – O Estado Como Sócio Invisível

Não existe milícia sem Estado — ou melhor, sem o silêncio do Estado.
Muitos dos que deveriam combatê-las preferem negociar.
Há policiais que “fazem vista grossa”, políticos que “devem favores” e empresários que “pagam pela segurança”.
Essa teia cria uma blindagem moral e institucional tão sólida que transforma assassinos em “protetores comunitários”.

O resultado é perverso: o Estado vira sócio do crime, e o crime, por sua vez, veste a máscara da legalidade.


Capítulo 6 – A Sociedade que aplaude o algoz

O mais triste é perceber que parte da população vê nas milícias uma “ordem necessária”.
“Pelo menos eles impõem respeito”, dizem alguns.
É o triunfo da desesperança — quando o povo, cansado do caos, aceita o tirano em nome da paz.
Mas a paz comprada com medo é o mesmo tipo de paz que um carcereiro oferece a um preso:
silêncio, obediência e nenhuma liberdade.


Conclusão – Os Verdadeiros Chefões Não Precisam se Esconder

Os chefes das milícias moram entre nós — e talvez sejam até cumprimentados nas ruas como “gente de bem”.
Enquanto o soldado cai em confronto, o verdadeiro dono do esquema assiste pela TV, de dentro de um condomínio com piscina, assistido por advogados pagos com o dinheiro da extorsão.

A grande ironia é essa: o Brasil não teme mais o crime violento — teme o crime bem-vestido.
E enquanto continuarmos tratando miliciano como herói e o cidadão como suspeito, seguiremos vivendo num país onde o crime não precisa mais se esconder — porque já foi convidado para sentar à mesa do poder.

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Quando o Traficante é Vítima e o Consumidor é o Vilão

Um retrato da sociedade que absolve o crime e condena a consequência.


Capítulo 1 – O Novo Evangelho do Crime Social

Vivemos tempos curiosos.
O crime já não é mais crime — é “contexto social”.
O bandido não é mais bandido — é “fruto das desigualdades”.
E o cidadão comum, que paga impostos e tenta sobreviver, virou o opressor, o vilão invisível que, dizem, criou todas as mazelas do sistema.

Assim nasce o novo evangelho moderno: o traficante é vítima do Estado, o consumidor é cúmplice da destruição nacional, e a responsabilidade... se dissolve no ar como fumaça.


Capítulo 2 – A Inversão dos Papéis

De tanto justificar o injustificável, criamos um espetáculo moral.
O sujeito que escolhe traficar, armado até os dentes, é tratado como “vítima da sociedade”.
Já o jovem que compra um celular roubado, ou o trabalhador que reclama da violência, é rotulado de “hipócrita elitista”.
E quem ousa dizer que crime é crime, sem rodapé sociológico, é logo acusado de falta de empatia.

A justiça, então, torna-se uma peça teatral: os papéis são trocados, e a plateia aplaude, confusa, acreditando estar vendo progresso — quando, na verdade, assiste ao enterro da responsabilidade individual.


Capítulo 3 – O Santo da Favela e o Demônio de Gravata

A sociedade pós-moderna tem uma nova religião: a do ressentimento.
O herói não é quem vence a pobreza pelo mérito, mas quem a transforma em desculpa.
O bandido armado é santificado — afinal, “ele não teve escolha”.
Mas o comerciante que fecha as portas cedo, com medo de morrer, é quem recebe o sermão.

Nos tribunais da opinião pública, a moral é uma moeda falsificada.
E quem tenta usá-la de forma autêntica é imediatamente cancelado.


Capítulo 4 – O Espectador Cúmplice

Mas há algo ainda mais grave: a passividade.
O cidadão médio, já anestesiado por anos de discursos contraditórios, aceita o absurdo com naturalidade.
Vê o criminoso ganhar espaço, o policial virar réu e o trabalhador ser ridicularizado.
E, de tanto assistir à inversão, passa a considerá-la normal.

Quando a sociedade se acostuma com a injustiça disfarçada de compaixão, o crime não precisa mais se esconder — ele governa.


Capítulo 5 – O Julgamento Final (ou o Silêncio dos Bons)

O problema nunca foi o traficante nem o consumidor isoladamente.
O verdadeiro vilão é o discurso que absolve o primeiro e demoniza o segundo.
É o sistema que premia o crime com justificativas e pune o bom senso com acusações morais.

Quando o traficante vira vítima e o consumidor vilão, a sociedade deixa de ser justa e passa a ser cínica.
E o cinismo é o último estágio antes da ruína.


Conclusão – Entre o Certo e o Covarde

O que separa a civilização do caos não é o tamanho da desigualdade, mas a coragem de chamar as coisas pelo nome.
Enquanto o crime for “contexto” e a lei for “interpretação”, o país continuará refém da própria covardia.

No fim das contas, o traficante é vítima apenas de si mesmo — mas o povo, esse sim, é vítima de um Estado e de uma elite intelectual que esqueceram o que é certo, porque têm medo de parecer duros.

O Encantador e a Manada

 Uma fábula moderna sobre o poder, a crença e a domesticação das consciências.


Capítulo 1 – O Surgimento do Encantador

Dizem que ele não gritava, apenas falava.
E quando falava, a manada parava para ouvir.
As palavras saíam mansas, embaladas em promessas de futuro, igualdade e redenção.
Ele não oferecia o paraíso — apenas a ilusão de que todos já estavam quase lá.
Foi assim que o encantador nasceu: não do poder, mas da necessidade de alguém que o povo pudesse seguir.


Capítulo 2 – A Música que Hipnotiza

Toda manada precisa de um som para seguir.
O encantador sabia disso.
Usava frases simples, repetidas mil vezes, até que o povo acreditasse que eram verdades eternas.
Falava de justiça, mas distribuía dependência.
Falava de amor, mas cultivava obediência.
E assim, sem perceber, a manada confundiu discurso com destino.


Capítulo 3 – O Caminho da Manada

Guiados pela voz do encantador, marchavam alegres, acreditando que avançavam.
Mas o caminho era um círculo: sempre voltavam ao mesmo ponto — o da carência, da esperança e da promessa adiada.
De tempos em tempos, o encantador dizia: “Faltou pouco! Agora vai!”
E a manada, dócil e cansada, aplaudia.
Porque o medo de perder o guia era maior do que a coragem de andar sozinha.


Capítulo 4 – O Dia em que a Voz se Calou

Um dia, a voz do encantador se perdeu no vento.
Sem o som, a manada parou. Olhou em volta, sem saber o que fazer.
Descobriu que os campos prometidos eram os mesmos de sempre — secos, vazios, gastos.
E foi nesse silêncio que o primeiro animal ousou pensar:
“E se o encanto sempre esteve em nós, e não nele?”


Capítulo 5 – O Despertar da Manada

Aos poucos, um a um, os olhos se abriram.
O encantador havia desaparecido, mas o pensamento permanecia.
Alguns tentaram continuar seguindo o som que não existia mais. Outros aprenderam a andar por conta própria.
E no meio daquele caos manso, nasceu algo raro: consciência.


Conclusão – O Verdadeiro Encantamento

O verdadeiro encantamento não está na voz que conduz, mas na mente que desperta.
Toda manada pode ser conduzida pelo medo, pela promessa ou pela crença.
Mas basta um que pense diferente para que o encanto se quebre.
Porque no fim, o encantador só tem poder enquanto a manada acreditar que precisa ser guiada.

Beautiful Dreams

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

CPI do INSS é Circo e o Brasileiro Aposentado é o Palhaço

O espetáculo da enganação, pago com o suor de quem já deu tudo de si.


Capítulo 1 – O Espetáculo Começa

Mais uma CPI. Mais discursos inflamados, flashes, manchetes e promessas de “investigação profunda”.
O tema agora é o INSS — essa máquina emperrada que consegue ser, ao mesmo tempo, o retrato da incompetência e da crueldade estatal.
Mas, como todo bom espetáculo político, o objetivo real não é resolver nada. É fingir indignação diante das câmeras, enquanto o aposentado, que sustentou o país a vida inteira, continua sendo humilhado nas filas, nas perícias e nos sistemas que nunca funcionam.


Capítulo 2 – O Aposentado Como Alvo

O brasileiro que trabalhou 40, 50 anos acreditando no sistema é agora tratado como estorvo.
Virou número, processo, protocolo.
Enquanto deputados ensaiam discursos de “solidariedade”, o idoso enfrenta meses esperando análise de benefício, perícia remarcada e um atendimento que mais parece punição por ter envelhecido.
É a tragédia travestida de burocracia.


Capítulo 3 – O Circo da CPI

Na CPI, o roteiro é o mesmo: gritos, trocas de acusações, promessas de punição. No fim, ninguém é punido.
O palanque é político, o espetáculo é midiático e o público — o povo — é feito de bobo mais uma vez.
As “descobertas” são sempre óbvias: fraude, desvio, ineficiência. Como se fosse novidade.
A grande verdade é que a CPI serve mais para proteger do que para investigar.


Capítulo 4 – O Palhaço da História

O aposentado é o verdadeiro palhaço do espetáculo.
Pagou uma vida inteira de contribuição acreditando na segurança do amanhã, e hoje sobrevive com migalhas.
Enquanto isso, quem legisla sobre o futuro dos velhos desfruta de aposentadorias especiais, vitalícias, com auxílios e reajustes automáticos.
O mesmo país que se orgulha de “respeitar os idosos” é o que mais os despreza na prática.


Capítulo 5 – A Moral do Espetáculo

CPI do INSS? Circo caro, sem riso e sem final feliz.
Um show onde o palhaço chora, o público sofre e os artistas principais continuam rindo nos camarins refrigerados de Brasília.
O aposentado não quer piedade — quer respeito, dignidade e o básico: um Estado que funcione.


Conclusão – O Último Aplauso

Enquanto houver CPIs que não punem, políticos que fingem e um povo que ainda acredita em palanque travestido de justiça, o circo continuará de pé.
Mas um dia, o palhaço pode cansar.
E quando ele parar de rir, o espetáculo acaba.

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Um Tantim Pra Gostar de Mim

Quanto Tempo Demoramos pra Descobrir que os Animais Também Têm Sentimentos?

Uma pergunta que revela mais sobre nós do que sobre eles.


Capítulo 1 – A Superioridade Que Nunca Existiu

Desde que o homem aprendeu a falar, acreditou que as palavras o tornavam superior.
Inventou religiões, leis, fronteiras e cidades, mas esqueceu que antes de tudo era só mais um animal tentando sobreviver.
Chamou-se “ser racional” — como se a razão fosse sinônimo de empatia. Mas o tempo mostrou: racional é o animal que mais destrói o que ama e mais maltrata o que não entende.


Capítulo 2 – O Silêncio que Sente

Os animais não falam como nós, mas expressam o que sentimos e tentamos esconder: medo, afeto, dor, alegria, saudade.
Eles esperam por nós nas portas, choram nossas ausências, entendem nossos gestos, percebem nossos dias ruins.
Enquanto nós discutimos “se eles têm alma”, eles vivem o que nós perdemos — o amor sem julgamento, o vínculo sem interesse.


Capítulo 3 – A Arrogância Humana

Demoramos séculos pra reconhecer o óbvio. E ainda assim, tratamos a descoberta como se fosse mérito nosso.
Criamos leis de proteção animal, mas continuamos permitindo abates cruéis, rinhas, caçadas e zoológicos.
Chamamos de “progresso” aquilo que apenas mascara nossa incapacidade de conviver sem dominar.


Capítulo 4 – A Espécie Que Precisa Aprender a Ser Humana

Talvez o maior desafio do ser humano não seja entender os animais — seja entender a si mesmo.
Porque no fundo, quanto mais tentamos definir o que é ser racional, mais provamos que ainda não somos.
Os animais sentem. Sempre sentiram.
Quem demorou pra perceber fomos nós, distraídos com nossas telas, vaidades e justificativas.


Conclusão – O Espelho Invisível

Olhar nos olhos de um animal é olhar pra um espelho que não mente.
Ali, a vida se mostra sem máscaras, sem interesses, sem a farsa da racionalidade.
E a grande ironia é que, enquanto nós nos orgulhamos de pensar, eles se orgulham apenas de sentir.
Talvez a verdadeira evolução comece no dia em que o homem aprender a fazer as duas coisas ao mesmo tempo.

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

15 DICAS PRA FAZER SEXO NA 3ª IDADE



1. Use seus óculos.

2. Certifique-se de que sua companhia esteja realmente na cama.

3.Ajuste o despertador para tocar em 3 minutos, para o caso de você adormecer durante a performance.

4. Acerte a iluminação: apague todas as luzes.

5. Deixe o celular programado para o número da EMERGÊNCIA MÉDICA.

6. Escreva em sua mão o nome da pessoa que está na cama, no caso de não se lembrar.

7. Fixe bem sua dentadura para que ela não acabe caindo debaixo da cama.

8. Tenha DORFLEX à mão, para o caso de você cumprir a performance.

9. Não faça muito barulho; nem todos vizinhos são surdos como você.

10. Se tudo der certo, telefone para seus amigos para contar as boas novas.

11. Nunca, jamais, pense em repetir a dose, mesmo sob o efeito de VIAGRA ou CIALIS.

12. Não se esqueça de levar 2 travesseiros para colocar sob os joelhos, para não forçar a artrose.

13. Se for usar camisinha, avise antes ao seu pinto que não se trata de touca para dormir, senão ele pode se confundir.

14. Não se esqueça de tirar a parte de baixo do pijama, mas fique com uma camiseta para não pegar gripe.

15. Não tome nenhum tipo de laxante nos dias anteriores; nunca se sabe quando se tem um acesso de tosse.

Estas dicas deveriam ter sido escritas com letras grandes para facilitar sua leitura!

P.S. ao invés de rir, aprenda!!

terça-feira, 16 de setembro de 2025

O Capitão do Mato Travestido de Juiz e os Guardiões da Constituição no STF

Capítulo 1 – O Capitão do Mato de Toga

Se no passado o capitão do mato caçava escravos para manter o sistema de opressão funcionando, hoje ele veste toga e ostenta ares de “garantidor da democracia”.
A função é a mesma: proteger o senhorio do poder, perseguir quem ousa questionar e garantir que a senzala moderna — o povo brasileiro — continue em silêncio e obediência.


Capítulo 2 – Guardiões da Constituição ou Donos Dela?

O STF adora se autoproclamar guardião da Constituição. Mas, na prática, virou dono absoluto do texto constitucional.
Interpretam o que querem, ignoram o que não interessa e inventam artigos de gaveta quando a realidade não serve ao projeto.
A Constituição, que deveria ser lei maior, virou instrumento de conveniência.


Capítulo 3 – Democracia Sob Toga

Curiosamente, sempre que alguém levanta críticas, surge a narrativa pronta: “é ataque à democracia”.
Democracia, ao que parece, significa obedecer calado ao veredito monocrático de um ministro que se coloca acima do Legislativo, do Executivo e, principalmente, da vontade popular.
É a república da toga, onde onze falam mais alto que 200 milhões.


Capítulo 4 – A Nova Senzala

Enquanto isso, o povo continua pagando a conta. Altos salários, privilégios vitalícios, viagens internacionais e mordomias — tudo bancado pelo contribuinte que, se ousar reclamar, vira alvo do novo capitão do mato digital: censura, bloqueio, perseguição judicial.
A senzala agora é virtual, mas o chicote é o mesmo.


Capítulo 5 – O Silêncio Cúmplice

A grande imprensa, que deveria questionar, ajoelha. Prefere proteger os “guardiões” a arriscar perder patrocínios e verbas públicas.
Assim, a blindagem se completa: capitão do mato de toga, imprensa submissa e povo silenciado.


Conclusão – Guardiões de Quem?

O capitão do mato travestido de juiz não guarda a Constituição — guarda o sistema.
E os guardiões do STF não defendem o povo — defendem seus próprios privilégios.
No fim, a pergunta que ecoa é simples: até quando a senzala brasileira aceitará ser vigiada e chicoteada por aqueles que deveriam libertá-la?

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Da Farsa da Picanha ao Estelionato Eleitoral do Gás: Até Onde Vamos Enquanto Nação?

Capítulo 1 – O Cardápio da Mentira

Prometeram “picanha e cervejinha” como símbolo de prosperidade. Resultado? O brasileiro mal consegue comprar arroz e feijão sem sentir o bolso sangrar. A picanha virou lenda urbana, servida apenas em churrascos oficiais ou nas mesas privilegiadas de Brasília.
E agora, o novo prato do dia: o vale-gás, vendido como solução para o povo, mas que nada mais é do que um paliativo ridículo frente à inflação e ao custo de vida.


Capítulo 2 – O País dos Embustes

Se a picanha foi o estelionato eleitoral, o gás é o insulto à inteligência coletiva. Criam um programa para dar a impressão de cuidado social, mas, na prática, perpetuam a miséria.
O governo não discute como reduzir impostos absurdos, como investir em energia ou como aumentar o poder de compra. Prefere criar esmolas oficiais para posar de “pai dos pobres”.


Capítulo 3 – O Gás Que Queima a Dignidade

O brasileiro agora precisa de carimbo estatal até para cozinhar. Não se fala em geração de empregos, em indústria, em futuro. Apenas em “benefícios emergenciais” que nada mais são que correntes douradas para manter o povo preso à dependência governamental.


Capítulo 4 – Até Onde Vamos?

Até onde vamos enquanto Nação?
Até o ponto em que o povo aceite trocar dignidade por um botijão subsidiado. Até o ponto em que a classe política continue criando esmolas para evitar a verdadeira revolução: educação, produtividade, liberdade econômica e justiça real.
Até o ponto em que acreditarmos que migalhas são banquetes.


Conclusão – O Verdadeiro Embuste

Da farsa da picanha ao embuste do gás, a lição é clara: não existe projeto de Nação, existe projeto de poder.
Enquanto o povo for tratado como massa de manobra, Brasília continuará servindo banquetes para si mesma e esmolas para quem sustenta o banquete.

A pergunta que fica é: vamos continuar engolindo o embuste ou chegou a hora de virar a mesa?

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Por Que a Denúncia de Tagliaferro Contra o STF Não Encontra Eco na Grande Imprensa?

Quando a blindagem substitui a imprensa livre.


Capítulo 1 – O Escândalo Que Não Pode Ser Nomeado

Há denúncia, há documentos, há acusações. Mas, quando o alvo é o Supremo Tribunal Federal, a regra muda. Em vez de manchetes, silêncio. Em vez de apuração, indiferença.
De repente, o jornalismo que se diz fiscal do poder esquece a função básica: questionar, investigar, expor.


Capítulo 2 – O STF, a Nova Monarquia

Na prática, o STF já não é tratado como instituição pública, mas como uma casta intocável. Criticar, questionar ou noticiar algo que arranhe a imagem dos ministros é visto quase como blasfêmia.
A grande imprensa, que adora posar de guardiã da democracia, ajoelha diante da toga.


Capítulo 3 – A Seletividade da Indignação

Se a denúncia fosse contra um político em baixa ou contra algum desafeto da mídia, já estaria estampada em todos os portais.
Mas como o alvo é o STF — parceiro útil em várias narrativas —, a denúncia some.
O critério não é a gravidade do fato, mas a conveniência do momento.


Capítulo 4 – O Preço da Blindagem

Por trás desse silêncio há cálculo: publicidade estatal, relações políticas e a própria sobrevivência de veículos que já não vivem de assinaturas, mas de verbas públicas e patrocínios milionários.
Questionar o STF é arriscar perder privilégios. Então, melhor tratar como se nada tivesse acontecido.


Capítulo 5 – O Povo Percebe

A blindagem não engana todo mundo. O cidadão percebe a incoerência. Percebe que a grande imprensa grita contra alguns e sussurra — ou silencia — diante de outros.
Esse silêncio seletivo corrói a credibilidade jornalística e empurra a população para outros meios de informação, mesmo que informais ou alternativos.


Conclusão – O Silêncio Como Confissão

Por que a denúncia de Tagliaferro contra o STF não encontra eco na grande imprensa?
Porque eco demais faria o castelo tremer.
E no Brasil de hoje, a imprensa prefere ser cúmplice da blindagem do que fiel à própria missão.

No fim, o silêncio não esconde a verdade — apenas denuncia, em alto e bom som, que a liberdade de imprensa tem donos e limites.

Lula Lança Novo Vale-Gás: A Economia dá Esmola e o Crescimento dá Miséria

Porque dar um botijão é mais fácil do que dar dignidade.


Capítulo 1 – O Anúncio Triunfal da Esmola

Mais uma vez, o governo aparece de peito estufado para anunciar sua “grande política pública”: um novo vale-gás. Palmas, aplausos, discursos inflamados.
E assim, transformam o ato de dar um botijão de gás em política de Estado, como se isso fosse a solução mágica para a pobreza estrutural de um país inteiro.

No fim, é só mais uma esmola disfarçada de política social. É a velha lógica do “não vamos acabar com a miséria, vamos administrá-la”.


Capítulo 2 – O Cálculo Eleitoral do Botijão

Esse tipo de programa não tem nada de inocente. Não é sobre solidariedade, é sobre estratégia:

  • Cada família que recebe o vale-gás é mais um eleitor fiel.

  • Cada anúncio de “ajuda” é mais um ponto no discurso da campanha.

  • Cada dependente do Estado é um voto garantido.

A política da esmola cria um círculo vicioso: o povo agradece pelo favor, mas continua preso à pobreza que o obriga a depender do favor.


Capítulo 3 – A Miséria Como Ferramenta de Governo

O governo adora se vender como “do lado do povo”. Mas na prática, o que faz é perpetuar a miséria. Em vez de incentivar emprego, renda, produção e independência, entrega um vale-gás que não aquece nem o banho gelado do trabalhador.

Afinal, um povo livre e independente vota com consciência; um povo miserável vota com gratidão. E gratidão, nesse jogo, vale mais que qualquer plano econômico.


Capítulo 4 – O Discurso do Progresso Que Não Chega

Lula e companhia discursam sobre “justiça social”, mas a prática é a manutenção da miséria.

  • Educação? Continua sendo fábrica de analfabetos funcionais.

  • Saúde? Hospitais públicos caindo aos pedaços.

  • Emprego? Cada vez mais informalidade e subemprego.

Mas nada disso importa, porque o vale-gás chega e o povo, iludido, acredita que está sendo cuidado. É o pão e circo tropical, só que em vez de pão, vem o botijão.


Capítulo 5 – O País do Botijão

É simbólico: enquanto países sérios discutem tecnologia, inovação e desenvolvimento sustentável, o Brasil comemora distribuição de vale-gás.
Somos o país onde a política se mede não pela capacidade de criar riqueza, mas pela habilidade em gerenciar a pobreza.

E Brasília, claro, comemora. Porque quanto mais miséria existir, mais justificativa há para programas de esmola que garantem voto e poder.


Conclusão – A Esmola Como Política de Estado

O novo vale-gás é vendido como solução, mas é, na verdade, um atestado de fracasso.
Fracasso em gerar empregos.
Fracasso em promover dignidade.
Fracasso em oferecer futuro.

O governo não está diminuindo a miséria. Está aumentando a dependência.
E assim, seguimos como um país que não sonha com prosperidade, apenas com o próximo auxílio.

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

O BRASIL DAS POLÍTICAS PÚBLICAS E A CRIAÇÃO DE UM PAÍS DE MISERÁVEIS

Quando o Estado promete inclusão, mas entrega exclusão.


Capítulo 1 – A Política Pública como Obra de Teatro

No Brasil, política pública é sempre lançada com pompa e circunstância: ministro sorrindo, presidente discursando, artista global no palco e até criança fofa para dar o tom emocional. No papel, tudo é perfeito. Na vida real, porém, a execução é tão eficiente quanto guarda-chuva furado em temporal.

O espetáculo é bonito, mas, quando a cortina fecha, sobra ao povo a conta — e não a solução.


Capítulo 2 – O Estado Como Grande Fabricante de Dependência

Aqui, as políticas públicas raramente têm como objetivo libertar o cidadão. Não. O objetivo é mantê-lo eternamente dependente da esmola estatal. Programas sociais que não oferecem saída, apenas manutenção. Auxílios que garantem o voto, não a dignidade.

É a fórmula mágica: quanto mais miseráveis existirem, mais eleitores agradecidos surgem. Não é política de inclusão, é política de sobrevivência controlada.


Capítulo 3 – Educação: O Coração da Miséria Planejada

A maior prova de que a miséria é planejada está na educação.
Enquanto países investem em ensino de qualidade, o Brasil fabrica analfabetos funcionais em escala industrial. Milhões terminam a escola sem saber interpretar um texto ou fazer uma conta simples, mas todos com título bonito de “ensino médio completo”.

Formar cidadãos pensantes seria perigoso demais: poderiam questionar o sistema. Melhor produzir uma massa que confunda direitos com favores.


Capítulo 4 – Saúde, Segurança e o Círculo da Pobreza

Hospitais sem médicos, filas infinitas, segurança pública entregue ao improviso e transporte digno de piada. Tudo isso empurra a população para a mesma esquina: a da miséria.

E aí, o Estado aparece como salvador, com mais uma política pública que não salva nada, mas rende manchetes positivas. É o ciclo perfeito da manipulação.


Capítulo 5 – O Povo Como Refém

As políticas públicas brasileiras funcionam como coleiras invisíveis.

  • Quem recebe auxílio não pode reclamar, senão “perde o benefício”.

  • Quem depende da saúde pública não pode se revoltar, senão “fica sem atendimento”.

  • Quem depende da escola pública não pode exigir qualidade, senão “a culpa é da falta de recursos”.

Assim, o povo segue amarrado, grato pela esmola, incapaz de exigir justiça.


Conclusão – A Miséria Como Projeto de Poder

O Brasil não é pobre por acaso. O Brasil é mantido pobre para servir a um projeto de poder.
As políticas públicas, em vez de instrumentos de transformação, se tornaram ferramentas de perpetuação da miséria.

E o resultado está diante dos nossos olhos: um país rico em recursos, mas habitado por uma população que luta todos os dias para não cair no abismo da indigência.

Enquanto isso, os políticos, bem alimentados e bem servidos, seguem sorrindo e dizendo:
“Estamos do lado do povo brasileiro.”

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

GOVERNO DO BRASIL: DO LADO DO POVO BRASILEIRO

(mas só quando convém, e de preferência com o cartão corporativo em mãos)


Capítulo 1 – O Povo no Discurso, a Casta na Prática

Dizem que o Governo do Brasil está “do lado do povo brasileiro”. Sim, claro. Do lado… bem distante, numa ala VIP climatizada, com cafezinho gourmet pago pelo cartão corporativo — aquele mesmo que vive debaixo de sigilo, porque, obviamente, “transparência demais atrapalha o andamento da democracia”.

Enquanto isso, o cidadão comum enfrenta fila no hospital, buraco na rua e imposto até no suspiro. Mas fiquem tranquilos: lá em cima, eles juram que pensam em nós o tempo todo. Principalmente quando precisam de voto ou de mais aumento de verba para a máquina pública.


Capítulo 2 – Racismo e Contradições Presidenciais

E temos ainda o presidente, que, entre uma frase mal formulada e outra, sempre encontra espaço para soltar um comentário carregado de racismo. É a prova viva de que dá para governar um país inteiro sem nunca ter entendido o significado da palavra “respeito”.

Mas, claro, cada declaração infeliz vira apenas mais um “mal-entendido”. Afinal, o chefe do Executivo é um gênio incompreendido, não é mesmo? Se o povo não entendeu, a culpa é do povo.


Capítulo 3 – O Amor Incondicional pelo Próprio Bolso

“Do lado do povo” também significa:

  • Reajustar o próprio salário;

  • Aumentar a verba de gabinete;

  • Garantir auxílio-moradia para quem já tem mansão;

  • E usar avião da FAB como se fosse Uber Black.

Enquanto isso, o brasileiro comum conta moedas para abastecer o carro e escolhe entre pagar a conta de luz ou comprar carne. Mas calma: o discurso oficial é de que “estamos juntos nessa luta”. Só esqueceram de avisar que “juntos” não inclui dividir a fatura.


Capítulo 4 – A Grande Mágica Brasileira

O Governo do Brasil é mestre em transformar problemas reais em narrativas. Saúde? Culpa da gestão passada. Educação? Projeto de longo prazo. Segurança? “Fake news da oposição”. Sigilo de 100 anos no cartão corporativo? Questão de segurança nacional.

É quase uma obra de ilusionismo: nada nunca é responsabilidade deles. Se o povo reclama, é porque não entendeu. Se a mídia mostra, é porque persegue. Se as contas não fecham, é porque “a economia mundial está difícil”. Mas a conta do banquete segue fechando muito bem — sempre com dinheiro público.


Conclusão – O Povo Que Aguente

“Do lado do povo brasileiro”?
Só se for do lado de fora, na chuva, olhando pela janela do avião presidencial decolando para mais uma viagem internacional, com direito a hotel cinco estrelas e champanhe no frigobar.

Enquanto o povo brasileiro enfrenta a realidade, o governo continua vivendo no seu próprio universo paralelo, onde tudo se resolve com discurso ensaiado, propaganda oficial e… mais uma passada no cartão corporativo.

No fim, resta a dúvida: estão do lado do povo ou em cima dele?

terça-feira, 12 de agosto de 2025

A Queda da Bastilha Francesa e o Reflexo da Realidade Brasileira: Será o Início da Queda de Brasília?

Quando a revolta de 1789 encontra a paciência de 2025.


Capítulo 1 – O Dia em que o Povo Perdeu o Medo

Em 14 de julho de 1789, o povo francês tomou a Bastilha. Não foi apenas a queda de uma prisão: foi o símbolo da destruição de uma casta que vivia de impostos, privilégios e desprezo pelo resto da população. A partir dali, a monarquia absolutista começou a sangrar até desaparecer.

Avançando mais de dois séculos, chegamos ao Brasil, onde Brasília funciona como uma Bastilha moderna — só que muito mais confortável, com ar-condicionado, tapete persa e cafezinho pago pelo contribuinte. A diferença é que, por enquanto, ninguém derrubou seus portões.


Capítulo 2 – O Castelo de Concreto

Se a Bastilha representava a opressão e o abuso do poder, Brasília representa algo parecido:

  • Políticos que legislam para si;

  • Magistrados que decidem como monarcas;

  • Servidores de elite blindados por privilégios.

Lá na França do século XVIII, o estopim foi o aumento do preço do pão. Aqui, o pão já está caro faz tempo, mas seguimos tentando disfarçar a fome com novela, futebol e carnavais fora de época.


Capítulo 3 – O Eco da História

Toda casta acha que é eterna… até o dia em que não é.
Na França, a revolta começou pequena, mas se espalhou como fogo em palha seca. No Brasil, o distanciamento entre governantes e governados é tão grande que o povo mal acredita que eles vivam no mesmo país.

  • A desigualdade é gritante;

  • O desprezo pelas necessidades populares é institucional;

  • E o isolamento das elites é cada vez mais ostensivo — vide ministros e autoridades que não querem “contato com pessoas mal-intencionadas” em aeroportos.

O problema é que, quanto mais alto se constrói a muralha, mais violenta costuma ser a queda.


Capítulo 4 – Brasília Está Segura?

Por enquanto, sim.
Mas a história não costuma mandar aviso prévio.
A Bastilha caiu em um único dia, mas levou décadas de arrogância e descaso para que aquele momento chegasse. Brasília está acumulando esse mesmo capital de rancor, um ato político de cada vez.


Conclusão – As Bastilhas Não Duram Para Sempre

A lição é simples: nenhuma fortaleza resiste quando o povo perde o medo. A França descobriu isso no final do século XVII. Brasília ainda não — mas está brincando com a mesma receita:

  • Privilégios concentrados;

  • Desprezo pela realidade;

  • E uma população cansada de bancar um luxo que nunca usufrui.

A queda pode não vir amanhã. Mas, como a história já provou, as Bastilhas sempre caem. E quando caem, caem rápido.

TST e o Serviço VIP no Aeroporto: Em Que Mundo Essas Pessoas Vivem?

Quando a bolha é tão grossa que até o oxigênio é filtrado.


Capítulo 1 – Justiça do Trabalho, Mas Não o Mesmo Trabalho

O Tribunal Superior do Trabalho anunciou que seus membros terão serviço VIP em aeroportos para “evitar contato com pessoas mal-intencionadas”. Em outras palavras: segurança reforçada, atendimento especial, embarque e desembarque sem ter que olhar nos olhos da plebe.

E aqui vai a pergunta que não quer calar: em que planeta vivem essas pessoas?
Porque, no Brasil real, aeroporto é fila, mala extraviada e conexão que não chega. No Brasil do TST, aeroporto é só mais uma extensão do gabinete: ar-condicionado, silêncio e gente servindo cafezinho com sorriso treinado.


Capítulo 2 – O Medo da População que Sustenta a Conta

A narrativa é linda: “proteger contra pessoas mal-intencionadas”. Traduzindo: evitar que alguém ouse questionar decisões, salários, benefícios, penduricalhos, férias de 60 dias ou diárias de hotel cinco estrelas pagas com o dinheiro de quem espera audiência trabalhista por anos.

Parece piada, mas é sério: o contribuinte paga para ser mantido longe daqueles que deveriam servir… o contribuinte. É a inversão perfeita da lógica pública: o servidor é protegido do público, e não o contrário.


Capítulo 3 – Bolha Blindada

Esse “isolamento preventivo” é só mais um sintoma do Brasil das castas jurídicas, onde juízes e ministros vivem num ecossistema paralelo:

  • Viagens custeadas pelo erário;

  • Auxílio-moradia mesmo morando na própria cidade;

  • Salários acima do teto com criatividade contábil;

  • E agora, corredores exclusivos nos aeroportos, como se a realidade fosse uma doença contagiosa.

Enquanto isso, o cidadão comum enfrenta fila na Receita, fila no SUS e fila na audiência trabalhista. Mas, claro, é ele que representa o risco.


Capítulo 4 – Pessoas Mal-Intencionadas ou Gente de Memória Boa?

Talvez o TST tema, não “pessoas perigosas”, mas pessoas bem informadas. Aquelas que lembram das decisões controversas, das verbas milionárias liberadas a empresas amigas, das greves silenciosamente sufocadas e dos privilégios mantidos à base de interpretações jurídicas criativas.

Porque, convenhamos, “pessoa mal-intencionada” é um conceito amplo. Pode ser desde um criminoso até um cidadão indignado — e, em tempos como os nossos, indignação é praticamente contrabando.


Conclusão – A Justiça que Não Pega Conexão

O TST quer se proteger do povo, mas o povo já está protegido do TST há muito tempo — protegido de vê-lo trabalhando com a urgência que a realidade exige.

No mundo deles, a ameaça é um cidadão com perguntas. No nosso, a ameaça é viver num país onde quem deveria servir se isola para não ouvir. E isso não se resolve com corredor VIP — se resolve descendo do salto e pegando o mesmo voo que a gente.

Mas, pensando bem… talvez seja pedir demais a quem já mora acima das nuvens.

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Brasil: O Pai da Nova Moeda Mundial (E o Castigo por Sonhar Grande Demais)

Quando um país periférico resolve brincar de potência e se esquece de que ainda está no recreio do Império.


Capítulo 1 – A Ilusão da Relevância

O Brasil adora um protagonismo simbólico. Gosta de discursar em fóruns globais, de citar Paulo Freire em conferências que ninguém escuta, de tentar sentar na janelinha do G20 enquanto carrega a marmita furada do Mercosul.

Agora, resolveu inovar: quer ser “o pai” da moeda mundial que substituirá o dólar americano. Sim, você leu certo. O país onde o Pix é mais confiável que o Congresso quer liderar o movimento que vai reformular o sistema financeiro global. Ambição? Tem. Estrutura? Nem wi-fi no interior do Piauí.


Capítulo 2 – O Filho Não Nascido da Desdolarização

A proposta da tal “nova moeda dos BRICS” é até charmosa: livrar-se da dependência do dólar, negociar diretamente entre potências emergentes, reduzir a influência das sanções unilaterais americanas… Parece um plano sólido, até você lembrar que:

  • Índia e China mal se cumprimentam;

  • Rússia está ocupada sendo cancelada por meia ONU;

  • África do Sul está tentando sobreviver à própria crise de energia;

  • E o Brasil… bem, o Brasil quer liderar o projeto com uma dívida interna que já ameaça a aposentadoria de quem nem nasceu.

Mas calma, tudo sob controle. Já temos até o nome provisório: “Moeda da Soberania”. Pena que ninguém ainda explicou quem vai confiar sua reserva internacional num consórcio onde um dos membros paga em banana e o outro exige em rublo.


Capítulo 3 – Sonhou? Paga.

Não demorou muito para o castigo começar. De forma sutil, claro — como toda retaliação moderna:

  • Investigações internacionais surgem com “timing curioso”;

  • Agências de risco reduzem a nota brasileira com base em previsões atmosféricas e signos;

  • ONGs e diplomatas começam a achar “problemas graves” no agro, na Amazônia, nos direitos humanos, na cor da bandeira, no samba e no modo como pronunciamos "BRICS".

A mensagem é clara: "Falem o que quiserem, desde que não tentem mudar as regras do jogo.”
E o Brasil, como sempre, achando que está jogando War quando na verdade é só o tabuleiro.


Capítulo 4 – O Império Sorri com a Caneta na Mão

Enquanto o Brasil sonha com a tal “liderança multipolar”, os EUA assistem de camarote. Eles sabem que o maior aliado deles aqui é o bom e velho caos institucional brasileiro.

  • Propor moeda nova sem sequer ter banco central independente?

  • Falar em soberania financeira quando metade do país depende de commodities cotadas em… dólar?

  • Criar nova ordem mundial com um Congresso que ainda debate se o imposto é de renda ou de sobrevivência?

No fundo, o império nem precisa intervir. Basta deixar o Brasil falando sozinho — e a elite local, bem treinada, cuida do resto. Cancelam, sabotam, chamam de “populismo perigoso”. E pronto. Moeda enterrada antes do primeiro protótipo.


Conclusão – Sonhar Grande é um Crime de Classe

Sim, o Brasil ousou sonhar. Sonhou com liderança internacional, com moeda alternativa, com autonomia cambial.
Mas nesse mundo, quem nasce colônia paga caro por pensar como metrópole.

O castigo?
Virar meme no Financial Times, ser ignorado no FMI, e continuar pedindo benção ao dólar em cada negociação de soja.

Mas tudo bem. Pelo menos temos discurso bonito na ONU — e é isso que importa, né?

terça-feira, 5 de agosto de 2025

Brasil: um País com Presidente de Toga

(Quando a caneta suprema escreve mais que a Constituição)

Introdução – Vossa Excelência é o quê, mesmo?

No Brasil, vivemos sob o regime presidencialista. Pelo menos no papel. Porque, na prática, quem manda mesmo veste toga, não faixa. E não, não estamos falando de um golpe militar — é só o STF mesmo, aquele clube seleto onde a Constituição é interpretada com a leveza de quem dobra regras como origamis ideológicos.

A Suprema Arte da Intromissão

Há quem diga que o Supremo Tribunal Federal deveria se limitar a julgar, e não governar. Mas isso é papo de gente que ainda acredita em separação de Poderes — esses românticos da democracia. No Brasil de 2025, o que temos é um tribunal que legisla, executa, censura, edita vídeo, analisa postagem no Instagram e, se bobear, indica até o técnico da Seleção.

Presidente da República? Só se for por cortesia.

O cargo de presidente ainda existe, claro. Tem agenda, discursos, lives… mas todo projeto importante precisa passar pelo filtro iluminado de suas excelências. Não gostaram? Inconstitucional. Fere o “espírito da Carta Magna” (a interpretação deles, é claro, que muda de acordo com o vento — ou a manchete do dia).

Democracia sob tutela

Aqui, a liberdade de expressão é plena — desde que você não fale nada que desagrade alguém com toga. Criticou o ministro? “Atentado à democracia.” Fez piada com o Supremo? “Fake news.” Compartilhou um meme? “Ameaça institucional.” Num país onde o humor virou crime e o silêncio virou prova de culpa, o que sobra é um povo amordaçado com o selo do “Estado Democrático de Direito”.

A Imprensa Aplaude (ou se cala)

Enquanto isso, boa parte da mídia joga confete. Afinal, criticar o STF virou sinônimo de “ataque à democracia” — e isso não pega bem no editorial do fim de semana. Questionar virou suspeita. Dissonância virou crime. E quem não aplaude, vira alvo. É a liberdade de imprensa com rodinha de treinamento e rédea curta.

Conclusão – O Juiz Apitou, e Agora Ele Joga

O Brasil é, oficialmente, um país com três Poderes. Mas só um parece realmente exercer o poder. Os outros dois — Executivo e Legislativo — seguem existindo, claro, como figurantes de luxo num teatro institucional onde o juiz não só apita, como marca o gol, escolhe o placar e ainda decide quem vai ser vaiado.

Mas calma, cidadão. Está tudo dentro da legalidade. Pelo menos, da legalidade segundo… eles.

quarta-feira, 30 de julho de 2025

"Brasil fora do Mapa da Fome. Só esqueceram de avisar o povo que ainda tem fome."





Saiu nos jornais com pompa e circunstância: “Brasil está novamente fora do Mapa da Fome da FAO”. Um feito digno de manchete, palmas e discursos inflamados em palanques internacionais. Mas basta sair à rua — de Norte a Sul, do campo às favelas — para entender que o tal “mapa” parece mais ficção diplomática do que reflexo da realidade brasileira.

Enquanto o governo celebra com relatórios e estatísticas bem calibradas, o povo encara fila em restaurante popular, cesta básica parcelada e restos de açougue como refeição. O Brasil pode até ter saído do mapa da fome da ONU, mas a fome ainda está no mapa da rotina de milhões de brasileiros.

A pergunta que não cala é: até quando viveremos de mentiras com selo oficial?
Até quando vamos aceitar que relatórios com base em médias distorçam o que está diante dos nossos olhos? Sim, há avanços pontuais. Mas dizer que o Brasil venceu a fome porque a média nacional caiu é como afirmar que todos nadam bem porque a piscina tem, em média, um metro de profundidade — mesmo quando alguém está se afogando na parte funda.

A propaganda é eficiente: enche o peito dos políticos, vira post nas redes sociais e vira vitrine internacional. Mas nas panelas... ecoa o vazio. O gás continua caro, o arroz voltou a ser item de luxo, e o café da manhã se resume, cada vez mais, a um gole de esperança — amarga e morna.

Pior: há quem acredite. Porque repetir a mentira com convicção é uma técnica antiga. E o brasileiro, generoso por natureza, quer confiar, quer acreditar. Mas chega uma hora em que o estômago fala mais alto que o slogan.

O Brasil pode ter saído do mapa da fome da FAO.
Mas enquanto milhões ainda dividem um pão dormido, a fome segue bem geolocalizada — e com endereço fixo na periferia.