terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Quando a fé (Re) move montanhas... de dinheiro.


Quando tentamos criticar alguma coisa que esta intrinsecamente ligada a vontade própria das pessoas, temos que ter um certo cuidado, considerando que o que essas pessoas fazem, praticam ou frequentam determinados lugares é por sua livre e espontânea vontade.

Refiro-me a pratica que tem aumentado geometricamente quando o assunto são as igrejas evangélicas e seus simpatizantes, na imensa maioria, pessoas oriundas das classes menos abastadas e com pouquíssimo, ou quase nenhum, grau de instrução que, por já encontrarem-se quase sem esperança de dias melhores, agarram-se no fio de esperança da fé, onde lhes são apresentados os caminhos da gloria, redenção financeira e sua salvação na vida eterna, as quais são garantidas pelo “pastor” em troca de generosas quantias doadas para a igreja.
            
Aos menos informados podem conferir, graças a Lei de Acesso a Informação, onde dados da Receita Federal apontam que “todas as igrejas do País” já arrecadam a vultosa quantia de 21 bilhões por ano, corroborando com a Revista Americana Forbes que, dias atrás, transcorreu em suas paginas, reportagem elucidativa dos cinco principais “bispos evangélicos” que ostentam grande fortuna no Brasil.
            
Mais estarrecedor nisso tudo é sabermos que é exatamente na exploração da boa-fé e inocência alheia que “esses bispos” crescem e se ninguém tomar uma providencia, daqui a pouco essas igrejas estarão vendendo terrenos no céu, dada a facilidade em ludibriar e tomar, literalmente falando, o pouco que esse povo inocente possui.
            
Também causa estranheza é o fato de os “poderes constituídos” do País e, aqui me refiro diretamente ao ministério Publico de todos os Estados, estarem dormentes, deitados em berço esplendido, sem praticar nenhuma ação que possa conter a gana arrecadatória e a falta de escrúpulo desses pastores que não medem esforços para limpar os bolsos dos seus rebanhos, vendendo fé, esperança e aviltando a inocência de um ser que busca naquela ultima tabua apenas conforto espiritual.

Por fim, apenas para elucidar e colaborar com o M. P., lembramos que reza no Código Penal Brasileiro, o crime de estelionato, capitulado no artigo 171 que diz:
Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.


Alguém estanca logo esse despautério praticado contra essas pessoas desprovidas de maldades e a mercê desses espertalhões ou logo o judiciário brasileiro estará tentando resolver os imbróglios dos loteamentos de terrenos vendidos no céu.

Autor: Guilherme Quadros
Email: gqkonig@hotmail.com

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Uma fábula sobre a difícil arte de organizar o trabalho.


No ano de 1996, houve, nos arredores de Osaka, uma competição entre as equipes de remo do Brasil e do Japão. Logo no início da competição a equipe japonesa começou a se distanciar e completou o percurso rapidamente. A equipe brasileira só conseguiu chegar à meta uma hora depois.

De volta ao Brasil, o comitê executivo reuniu-se para avaliar as causas de tão desastroso e imprevisto resultado. Uma cuidadosa avaliação apontou para uma diferença fundamental entre os times: a equipe japonesa era formada por um chefe de equipe e dez remadores: a equipe brasileira era formada por um remador e dez chefes de equipe. A decisão passou para a esfera do planejamento estratégico, com o objetivo de realizar uma profunda revisão da estrutura organizacional para o ano seguinte.

Em 1997, logo após a largada da competição, a equipe japonesa tomou novamente a frente e distanciou-se. Dessa vez, a equipe brasileira chegou à meta duas horas depois dos vencedores.

De volta ao Brasil, o comitê executivo reuniu-se para avaliar as causas do novo fracasso. A análise mostrou os seguintes resultados: a equipe japonesa continuava com um chefe de equipe e dez remadores; a equipe brasileira, após as mudanças introduzidas, era formada por um chefe de equipe, dois assessores, sete chefes de departamento e um remador. A conclusão do comitê foi unânime: "0 remador é um incompetente!!!"

Em 1998 aconteceu uma nova oportunidade de competir com os japoneses. O departamento de engenharia pôs em prática um plano destinado a melhorar a produtividade da equipe, com a introdução de mudanças baseadas no benchmarking das melhores práticas gerenciais. Tais inovações produziriam aumentos significativos de eficiência e eficácia. Com o rightsizing, a reengineering e a value chain analysis, os brasileiros com certeza conseguiriam um turnaround e venceriam os japoneses.

Porém, chegado o dia da competição, o resultado foi novamente catastrófico e, dessa vez, a equipe brasileira chegou à meta três horas depois dos japoneses.

Novos estudos, reuniões acaloradas e enormes relatórios. A análise revelou: mantendo a tradição, a equipe japonesa era formada por um chefe de equipe e dez remadores. A equipe brasileira, por sua vez, utilizou uma formação vanguardista, integrada por um chefe de equipe, dois auditores de qualidade total, um assessor especializado em empowerment, um process owner, um analista de O&M, um engenheiro de navegação, um controller, um chefe de departamento, um controlador de tempo e um remador.


Depois de vários dias de reunião e análise da situação, o comitê decidiu finalmente demitir o remador. Decidiu também contratar um novo remador, mas utilizando um contrato de prestação de serviços sem vínculo empregatício. Evitar-se-ia, dessa forma, a nefasta influência do sindicato dos remadores, responsável pela baixa produtividade e o baixo comprometimento dos recursos humanos com os objetivos organizacionais. A competição de 1999, certamente, confirmará o acerto das decisões.

(um pequeno comentário: esse modelo de gerenciamento de trabalho parece que foi o implantado pelo serviço publico no Brasil, particularmente em “algumas prefeituras, e num “Reino não não tão distante”, por aqui).

(fonte: por Carta Capital - 19 de agosto de 1998 - http://www.perspectivas.com.br/humor / Google)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Pra semana ser ótima!!!


Ontem é passado, amanhã é mistério, hoje é uma dadiva.
     
Por isso é chamado de presente.

Aproveite tudo de bom que a vida te dá.

Autor: Guilherme Quadros
Email: gqkonig@hotmail.com

domingo, 27 de janeiro de 2013

Adeus às ESTRELAS de Santa Maria - RS.


            Hoje, quando acordamos em Palmeira das Missões – RS, distante apenas 230 km de Santa Maria – RS, com o sobressalto desse triste episodio, particularmente para quem seja pai, mãe, irmãos, avós. Enfim, um incidente que dilacera pessoas, famílias e coloca em cada coração uma amargura imensa, dessas que nem o tempo pode apagar, que causa uma dor em cada peito e, ao mesmo tempo em que a gente agradece a DEUS pela família continuar intacta, chora e se angustia pela dor das famílias atingidas, como no nosso caso já que filhos da nossa comunidade foram atingidos.
       Desses filhos, irmãos e netos que partiram tão prematuramente, não vai só a vontade de sair numa noite de sábado para se distrair, tirar o estresse de uma semana de estudos na faculdade, vai também uma vida de sonhos, um projeto de vida, uma vontade imensa de crescer, mudar o seu mundo, conquistar o sucesso profissional depois do curso, vai um sorriso largo, um abraço quentinho e apertado, as vezes a necessidade de pedir um colinho, ganhar um afago no rosto, uma birra pra ganhar atenção, um olhar orgulhoso de ver esse filho com o canudo na mão, enfim, vão se todos os sonhos e ficam apenas lembranças.
            A ordem natural da vida diz que os filhos enterram os pais, quando o inverso acontece, abrem-se lacunas nas vidas das pessoas que nem o “senhor tempo”, que tudo cura, consegue apagar, mas mesmo assim, esse filho que sempre foi o elo sentimental de ligação de um casal e fez a união de cada uma dessas famílias, vai continuar presente no teu jardim, naquela primeira volta de bicicleta, naquela boneca que você ajudou a ninar, naquele passeio para tomar um sorvete ou, simplesmente, quando você tinha que afugentar o “bicho papão” que estava embaixo da cama.
            Quando essas crianças pegaram a estrada, para alçar o voo das suas vitórias, tinham nos olhos o brilho do sucesso, a gana de vencer e mais, a certeza de um porto seguro na casa dos pais a cada infortúnio que a vida lhes apresentassem. Aprendiam que o mundo lá fora não era bonzinho, mas juntamente com suas famílias, se preparavam para vencer cada batalha com brilhantismo, coragem e apoio incondicional nos seus projetos pessoais.
            Resta a todos nós a resignação dos fatos que nos são apresentados e perceber que as noites serão mais iluminadas a partir de agora, com tantas estrelas brilhando em cada céu de cada família para a eternidade.

“Depois de um certo tempo você descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa...
Por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos”.

Willian Shakespeare

Autor: Guilherme Quadros
Email: gqkonig@hotmail.com

Parabéns Globo, sempre a primeira e a maior.


                Mais uma vez temos que parabenizar a Rede Globo, que não mediu esforços para trazer a informação mais próxima da realidade, sem sensacionalismo e procurando não chocar e, muito menos, ofender as vitimas e seus familiares na cobertura dessa triste fatalidade que ocorreu em Santa Maria – RS.
          Já no inicio da manhã, mesmo tendo um programa de notório agrado do telespectador e, dentro dessa grade, uma decisão do futebol de areia para apresentar ao vivo, ainda assim suspendeu toda a programação para trazer ao publico em geral, muitas informações desse trágico evento que enlutou, não apenas o Rio Grande do Sul, mas todo o País.
             Nesse episodio podemos dimensionar quem é realmente grande e quem apenas se julga grande sem ser. Enquanto a Globo entrava ao vivo, trazendo várias informações do triste evento, a Rede Record passou a manhã toda apresentando o pica pau, a Rede TV, o S.B.T. e a BAND também mantiveram a sua grade normal, não por que não soubessem do acontecido, mas pelo simples fato de que não tinham ninguém nas suas redações para entrar ao vivo e falarem do evento. Nesses canais só começou a “pingar” a noticia depois das 12h30minhs, como no caso da BAND, com o seu Datena, com carinha de sono.
            Apenas pra ficar registrado, nesse meio aí, de comunicação: QUEM FOI E É REI, SEMPRE SEJA MAJESTADE.
            (é o típico caso de “quem não tem competência, não se estabelece”).


            Parabéns REDE GLOBO, vocês são feras e não tem pra ninguém.

Autor: Guilherme Quadros
Email: gqkonig@hotmail.com

sábado, 26 de janeiro de 2013

Quando a TV presta um serviço negativo à sociedade.


Deixando de lado o fato de que é uma obrigação à imprensa ter que ser imparcial, buscar a verdade acima de qualquer interesse, prestar um serviço de informação que vá ao encontro dos interesses sociais da comunidade a qual aquela empresa de comunicação participa, às vezes a busca da informação e a luta por audiência é tão acirrada que esses operadores da informação não medem esforços na montagem de uma determinada reportagem e mais, não conseguem dimensionar até onde “essa informação” pode ser interessante e venha a ter aquele cunho social e relevante para as pessoas.
Dia destes, assistindo ao jornal do SBT, (aquele da entrada da noite), tenho que confessar que fiquei intrigado com o tema abordado numa determinada reportagem deste veiculo de comunicação, onde o repórter havia adquirido em várias “bocas de fumo”, da cidade de São Paulo, uma dose de cocaína, encaminhada a um laboratório de Campinas para apurar, dentre outras coisas, qual era o grau de pureza “daquele produto”.
De posse dos resultados, foram mensurados em um mapa da cidade e mostrados no vídeo, os locais onde o “produto” tinha mais mistura e, pastem, onde realmente “estava purinha” e apta ao consumo “sem prejudicar a saúde”. Ora senhoras e senhores, de duas uma, ou alguém devia ou favor especial ao dono do ponto, no bairro onde o “produto” levou um selo de 98,5 % de pureza, para deleite de seus consumidores, ou estava de bronca pelo “produto” ruim vendido num outro determinado local, também apontado na reportagem, com pouco mais de 68% de pureza.
Agora, imaginem o fluxo de gente seguindo a informação do jornal, um veiculo de comunicação de circulação nacional, dirigindo-se ao local onde poderiam adquirir pelo mesmo valor de outros pontos, um “produto” quase cem por cento puro e mais, dimensionem o tamanho e rotatividade que tomou “essa boca”. Se o dono dividir em cotas “essa empresa” e colocar na Bovespa, vai “estourar a bola do balão”.
Mas, deixando a ironia de lado, há que se perguntar: Onde está o social desta reportagem? A quem ela se presta? Tirando os traficantes e os viciados, que se serviram de uma informação importante, no mundo e no mercado deles, onde pode estar a utilidade publica e social de uma informação destas. Divulgar onde tem e vendem “o produto” puro serve apenas para fomentar e estimular mais o consumo de drogas, destruindo mais lares, famílias e pessoas.
Que me desculpem os editores do jornal, o tema até poderia ser abordado apontando as misturas que os traficantes colocam no “produto”, mas identificar a região onde é melhor ou pior o tal “produto” foi uma informação que não deveria ser tornada publica. 
            Olha, foi mal isso.

Autor: Guilherme Quadros
Email: gqkonig@hotmail.com

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Mal-entendido ou... Bem-entendido no Rio de Janeiro.


               A noticia de mais um “ato de racismo” praticado, desta vez, no Rio de janeiro remexe numa ferida que teima em permanecer aberta na cultura do Brasil e, sistematicamente coloca na pauta de discussões o porquê de eventos dessa natureza continuarem a acontecer se, é sabido que, quando descobertos e comprovados, a repercussão negativa cola, literalmente falando, na pessoa ou empresa que realiza a segregação.
            Nesse caso da cidade do Rio de janeiro é até meio estranho que ainda aconteça atos de racismo já que, particularmente nessa época, a grande sociedade carioca esta acostumada a “subir o morro” e participar dos ensaios das escolas de samba e, em muitos casos, chega até a pagar a peso de ouro, “virar componente da comunidade” e participar dos desfiles na Marques de Sapucaí. Possivelmente esse gerente aí da concessionária de carros seja um desses “privilegiados” que sobe o morro e banca “o coronel”.
            Mas o que realmente chama a atenção nesse episodio lastimável, é o fato de que o “ato de racismo” se deu por uma pessoa que, em tese, estaria preparada para dirigir uma grande equipe de pessoas, de uma empresa com nome no mercado e, notadamente reconhecida por atender pessoas requintadas, de gosto mais apurado, bem vestidas e, principalmente, por venderem um produto caro e com etiqueta. Será que esse “gerente” não percebeu que a criança estava bem vestida e se fazia acompanhar pelo casal, seus clientes, os quais iriam lhe proporcionar uma bela comissão no salario? Vai ver ele sequer tenha percebido esses detalhes, mirou apenas na cor da pele da criança e, mesmo na presença do casal, tenha tomado essa atitude que, pode ser que seja até natural e corriqueira e, talvez já até tenha feito anteriormente com outras crianças negras naquele local.
            Possivelmente esse episódio trará uma punição exemplar a esse “gerente”, pois empresas desse porte não admitem sua marca envolvida em incidentes que traga repercussão negativa junto à sociedade, considerando ainda, o desdobramento desse fato na imprensa americana.

            Talvez seja uma maneira desagradável e amarga desse “gerente” descobrir que, por estar ocupando um cargo importante, não tem a prerrogativa de tratar, quem quer que seja, pela cor da pele e simplesmente, percebido o engano dizer “foi um mal-entendido”, bem-entendido, entendeu?

Autor: Guilherme Quadros
Email: gqkonig@hotmail.com