A vida de todos nós é uma eterna competição de todos contra todos. Vivemos
ao longo dos anos competindo dentro dos nossos círculos de amizades e
conhecidos pra ver quem tem o melhor carro, a mais bela casa, o melhor emprego
e salario, quem tem ou pega a mulher mais linda e por aí vai.
As nossas satisfações
pessoais, enquanto seres humanos se limitam a isso. As pessoas são naturalmente
volúveis e, não raras vezes, quando acontecem aqueles encontros sociais entre
varias pessoas de “meios sociais” semelhantes, mas que não se viam a um certo
tempo, elas esquecem de curtir “aquele momento” que é “o que a vida pode nos dar de
bom”, que serve para desestressar, rir a toa, contar ou ouvir uma
piada sem graça mas que faz rir mesmo assim, jogar conversa fora e curtir a
vida. Isso tudo é naturalmente irrelevante se a competição se instala e fica
tão serio que se compete até pra ver ou contar quem do grupo viajou pra mais
longe nas ferias.
Esse tipo de competição,
sei lá se é saudável ou não, mas esta dentro do DNA de cada um de nós, pois
vivemos num mundo essencialmente consumista em que a sociedade e o grupo social
que nos cerca leva em conta o tipo de roupa que você veste, a marca do tênis
que você usa, a escola das crianças, e até o clube que frequenta, fazendo com
que as pessoas se esmerem para estar nesse convívio social, as vezes pagando um
preço muito alto.
A linha que separa o
conforto financeiro do esforço financeiro, em algumas situações, é muito tênue
e preço a ser pago é, notadamente, muito alto, pois às vezes, algumas atitudes
impensadas geram primeiro a instabilidade financeira seguindo-se a
instabilidade emocional que, na maioria das ocasiões, acabam com
relacionamentos, destruindo famílias e lares.
Para concluir a que se
perguntar se a tal da ostentação não nos dá apenas uma sensação de prazer
superficial que, sinceramente, jamais irá substituir ou ser maior que uma
gargalhada gostosa, um abraço fraterno ou aperto de mão sincero em nossos
conhecidos.
Autor: Guilherme Quadros
Email: gqkonig@hotmail.com
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