Não faz muito tempo, ainda sentíamos na pele a discriminação dos americanos e europeus se referindo aos brasileiros como macacos comedores de bananas e, para mudar essas referencias deles conosco, vamos combinar que tivemos que batalhar e trabalhar muito, mostrarmos nossa capacidade intelecto e muito discernimento para dizer a “eles” que éramos tão humanos quanto eles.
Agora vejam vocês que se sentimos isso na pele e, convenhamos que não era bom ouvir aquilo, não é justo que, justamente quando, “ainda” estamos mudando de patamar e já não somos tão “macacos” assim, dado ao crescimento econômico, desenvolvimento social e tudo mais, vamos nós brasileiros começar a discriminar os outros, particularmente, “los pueblos hermanos de america latina”.
O fato: no dia 25/03/2013, no jornal do S.B.T., das 19:40 hs, (de novo eles e parece que essa emissora não tem controle de qualidade – esta lá para todos verem, se houverem duvidas). O comentarista Carlos chagas faz um comentário se referindo a Oruro, cidade boliviana como “aldeia, onde estão presos os brasileiros”.
APENAS PARA INFORMAR AO SR. CARLOS CHAGAS, do jornal S.B.T. – Brasil:
Oruro foi fundada em 1606, já com 15.000 habitantes, tem um carnaval famoso a nível mundial (declarada Obra Mestra do Patrimônio Oral e Intangível da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e mais, possui hoje 235.000 habitantes. Logo, não pode ser chamada de aldeia apenas por que seu povo e a justiça boliviana aplicam os rigores da lei para um bando de desordeiros e delinquentes brasileiros sem limites.
Ora, meus senhores. Um comentário pejorativo nesse tom, apenas reforça a tese dos americanos e europeus: ainda somos todos “monkeis”, pois se permitimos esse adjetivo para citar uma comunidade latina americana é uma sinalização clara de que ainda não estamos intelectualizados o suficiente para perceber que as nações são independentes, podem e tem o direito de praticar a justiça, que muitas vezes nos falta no dia-a-dia.
Oruro, uma aldeia: olha seu “Carlos Chagas e pessoal do suporte da redação do jornal”, ao menos poderiam informar-se do tamanho dessa “aldeia boliviana” e terem a exata noção de que “comentários assim apenas denigrem e diminui tanto o jornal quanto a emissora dos senhores”.
“Por supuesto que carecen de ese conocimiento, entonces ... ¿por qué no te callas”.
Autor: Guilherme Quadros
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