Talvez esteja aí o maior imbróglio da humanidade para o
inicio do século XXI, tecer essa teia que é produzir alimentos em escala
mundial, considerando sempre que os maiores celeiros do mundo já não podem mais
se preocuparem em apenas alimentar os habitantes do seu país e sim projetarem a
produção mundial de alimentos para saciar uma multidão global que cresce quase
que geometricamente.
Manter o equilíbrio
entre produzir em larga escala com a questão do meio ambiente acendeu há muito
tempo a luz vermelha, quantificando o quanto todos nós já ultrapassamos a linha
do bom senso quando se fala em preservar os ecossistemas responsáveis pela
manutenção da vida no planeta cotejando que as atuais fronteiras agrícolas já
não suprem a demanda de alimentos exigidos e sem considerar, nesses índices mínimos
necessários para manutenção da vida, a escassez de alimentos, muito abaixo do mínimo
recomendado pela O.N.U., que se pratica em muitos países do continente
africano.
Não se pode
falar mais em abrir novas fronteiras agrícolas sem atingir o âmago da essência da
vida no planeta, ou seja, ferir mortalmente as fontes e mananciais que
preservam e renovam a vida diariamente ao nosso redor, nos abastecem de brisa, oxigênio
puro, chuva que traz vida e mantem a pulsação da vida num simples ato de
respirar.
De outro
lado, a tecnologia avança com pesquisas e novas cultivares, sempre acompanhada
de produtos químicos que, se não sabemos qual é a real reação do organismo
humano no momento, podemos ao menos perceber que tem dado respostas razoáveis no
incremento da produção agrícola, mesmo tendo muita rejeição da população,
particularmente dos povos mais intelectualizados da Europa.
O certo é que
já passa do momento adequado de se buscar alternativas concretas e plausíveis que
consigam achar o elo entre proteção e preservação ambiental e produção em larga
escala sem, contudo, avançar novamente nas matas da Amazônia, nos alagados
pantaneiros do Mato Grosso e nos cerrados do Planalto Central brasileiros,
exigindo ainda dessas empresas agrícolas que já produzem em larga escala, o
respeito ao limite estabelecido em lei (QUE NÃO É CUMPRIDA) da faixa
de preservação permanente nas nascentes e margens de rios e mais acintoso ainda
que é a não aplicação da Reserva Legal de 20% nas propriedades rurais do Brasil
a dentro.
Se
realmente quisermos que a vida continue pulsando nesse paraíso azul chamado
terra, havemos que nos aglutinar em torno da ideia de que PRESERVAR AINDA É O MELHOR
PARA A VIDA DE TODOS NÓS.