Tenho acompanhado, mesmo de longe, as manifestações que
ocorrem no Rio de janeiro, particularmente, contra o governador Sergio Cabral
e, de curioso, fui olhar o resultado das eleições. O que mais me chamou a
atenção é que esse modelo de gestão do Cabral já vem de uma reeleição e, mais
curioso ainda, sem a menor chance de seus oponentes ganharem o pleito, já que
não houve segundo turno e o resultado por si só já diz muito da aceitação
popular ou não, como já mencionado, daquele modelo de gestão apresentado no
Estado fluminense. Se não, vejamos o resultado:
Resultado completo da eleição para governador no RJ:
Sergio Cabral (PMDB): 5.217.972
(66,08%)
Gabeira (PV): 1.632.671 (20,68%)
Fernando Peregrino (PR): 853.220 (10,81%)
Jefferson Moura (PSOL): 131.980 (1,67%)
Cyro Garcia (PSTU): 48.793 (0,62%)
Eduardo Serra (PCB): 11.299 (0,14%)
Fernando Peregrino (PR): 853.220 (10,81%)
Jefferson Moura (PSOL): 131.980 (1,67%)
Cyro Garcia (PSTU): 48.793 (0,62%)
Eduardo Serra (PCB): 11.299 (0,14%)
É como se diz aqui no sul: “não
deu nem pra saída” ou “foi uma
lavagem: barba, cabelo e bigode”.
Muito mais
curioso ainda é que essas manifestações e acampamentos, em frente à residência do
Cabral, são feitas por pouco mais de 300 gatos pingados que “exigem”
a sua saída ou renuncia e, ao que tudo indica, desconsiderando totalmente o resultado
das eleições de 2010.
Parece e
ecoa em todo o País, que esses pouco mais de 300 manifestantes têm uma
representatividade que suplanta todo o contexto do resultado final de votos
auferidos pelo Cabral e chancelado numa reeleição, fazendo uma inversão de
valores que, se contado por aí seria até motivo de piada e uma situação hilária,
não fosse à violência empregada por esses “ilustres manifestantes cariocas”.
Eis
aí um exemplo materializado do que realmente significa uma “inversão de
valores éticos e sociais numa democracia”.
Tem coisas que só podem e encontram
guarida para se suceder no Brasil, pois não são os mais de cinco milhões de
eleitores que querem a renuncia do governador e sim pouco mais de 300 pessoas.
Será
que alguma “inteligência rara” pode explicar esse fenômeno de representatividade
social, cultural e de reivindicar que ocorre no Estado do Rio de janeiro???
Autor: Guilherme Quadros
Email: gqkonig@hotmail.com
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