A cada dia que ganhamos para vivenciarmos nossas vidas, aprendendo ou
ensinando, amando ou odiando, estendendo ou agarrando uma mão, enfim, conciliando
experiências boas e ruins, emoções do cotidiano que nos remetem da euforia pelo
trabalho novo ou pela promoção, pelo nascimento ou sucesso dos filhos, pela
casa ou carro novo, pelo novo amor ou pelo casamento, às disforias pelo projeto
que não foi aprovado no trabalho, pelo relacionamento pessoal ou profissional
mau acabado e até mesmo pelo time que perdeu. Enfim, nossas vidas são regidas e dão o
tom do equilíbrio quando sabemos balancear a razão e a emoção.
Nesse oceano desconhecido chamado vida, entendo que
cada um de nós é uma embarcação onde temos dois remos, os quais chamamos de
razão e emoção e temos que ter o discernimento exato de que um depende
necessariamente do outro, balanceando as nossas ações de maneira que não
fiquemos demasiado materialistas por usarmos apenas a razão e, tampouco,
excessivamente emotivos por usarmos apenas a emoção.
Uma
pessoa que usa apenas a razão pode até ser justa e correta com todos, mas
jamais vai ter a percepção de uma amizade sincera, um sorriso fraterno ou um
gesto carinhoso, não terá a noção de que cada um vive uma batalha particular
diária, não entenderá que, as vezes, o ambiente condiciona sentimentos e
emoções. Da mesma forma, as pessoas que usam apenas a emoção, tornam-se
vulneráveis e demonstram fraqueza no momento em que precisam tomar uma decisão,
são facilmente manuseadas pelo sistema e, particularmente, sofrem influencia de
pessoas negativas. Enquanto na razão, as coisas são definidas em cima de fatos
concretos e palpáveis, na emoção o sentindo flutua languidamente entre
devaneios e arrepios a flor da pele. Difícil é explicar aos que vivem de
sentimentos e navegam por tórridas emoções que, quando o coração bate mais
forte por uma paixão, a garganta seca e faltam palavras para formular uma frase
de amor ou quando sentimos aquele friozinho da barriga, isso não é tangível.
Mas, sinceramente, quem de nós já não experimentou essas sensações que
simplesmente nos alertam: existimos, logo, estamos vivos e suscetíveis as
emoções da vida.
Já disse o velho mestre Raul que “cada um de nós é um universo”, então todos temos ações e reações diferentes para
uma mesma experiência, alguns choram quando tem que rir, já outros riem quando
tem que chorar. Quem de nós já não riu para expressar um momento de raiva e,
também, já não deixou rolar uma lagrima para demonstrar um momento extremo de
felicidade.
Ainda
não inventaram a formula de administrar nossas razões e emoções sem sermos, ora
duros e truculentos, ora meigos e emotivos. Logo, dar uma remada de cada lado
para a embarcação seguir em frente ainda é a melhor maneira de administrar o
nosso cotidiano, flutuando entre a singeleza doce da emoção com a seriedade
necessária da razão, quando a vida assim nos impõe.
Autor: Guilherme Quadros
Email: gqkonig@hotmail.com
Amei o texto, até compartilhei no g+1
ResponderExcluirja estou seguindo
Beijosssssssss