Todo o torcedor que se preza e ama seu time, sonha com vitórias, Sê dramáticas
e marcantes, melhor ainda e títulos, muitos títulos, sê de alcance continental
e mundial, aí é tudo de bom.
O brasileiro, é sabido,
tem o gene do futebol no sangue e, lá no âmago do seu ser, sabe que seu time só
vai ser grande aos olhos de todos quando fechar o ciclo de grandes conquistas,
onde incluem-se titulo brasileiro, um continental e o mundial. Com essas
conquistas adquire-se, inclusive, o respeito dos mais ferrenhos adversários,
além do reconhecimento de toda a mídia, particularmente, a de fora do país e
mais, galgar esse caminho não é fácil. Se assim fosse, todos teriam títulos todos os
anos.
Na linguagem do
torcedor apaixonado, a camisa do time é chamada de manto sagrado e é sinônimo
de respeito, objeto quase imaculado, sagrado aos olhos da massa daquele time.
Imagine, então, o
tamanho da dor da imensa nação corintiana ao ver associado à sua maior paixão,
maculando o nome e manchando seu manto sagrado, o evento do sinalizador que
culminou com a morte de um torcedor na Bolívia, pois todo o trajeto caminhado
em 2012, buscando aquele reconhecimento fora do País, hoje já caiu por terra e
pior, tem a marca do Corinthians associado à violência desmedida, gratuita e estampada, talvez ainda com mais espaços, em toda a mídia de todas as partes
do mundo.
Todo o caminho
trilhado, agregando sucesso e reconhecimento do Timão, foi nefastamente tirado
por um ato de uma dúzia de torcedores sem limites, possivelmente, os mesmos que
quebraram e saquearam o aeroporto, quando da viagem para o Japão e, já ali
naquele episodio não sofreram nenhum tipo de critica. Também há que se alertar
o presidente da Nação Corintiana que, ao que pareceu ontem nas entrevistas, mencionou
que aqueles torcedores não eram culpados e quis atribuir o evento do
sinalizador a uma mera fatalidade. Ora, senhor Mario Gobbi, fatalidade seria
se, ao disparar o sinalizador, o mesmo batesse em algum objeto ao subir e
voltasse em direção à torcida. Não no caso latente, flagrado pelas imagens,
onde o mesmo foi disparado intencionalmente em direção à torcida adversária. Era
obvio que iria atingir como de fato aconteceu, alguém do outro lado.
É justamente por esse
tipo de postura de alguns dirigentes de futebol, por esses atos paternalistas e
protecionistas, que o torcedor se julga sem limites e propenso aos mais
variados atos de vandalismo e violência contra tudo e contra todos.
Por fim, a que se alertar
aos clubes de futebol que as torcidas organizadas não podem tornar-se maiores e
mais conhecidas que suas marcas, se assim acontecer, fiquem atentos, pois algo
esta errado e mais, o que realmente organiza e aglutina uma torcida é um
projeto bem feito e com resultados de campo, isso traz o crescimento e enche estádio,
não havendo necessidade de patrocinar essas verdadeiras quadrilhas de bandidos
uniformizados.
E agora “manos”?? Se ficar só no afastamento da torcida do estádio, ainda assim, o manto da Fiel estará, pra sempre, queimando desde o momento que aquele sinalizador foi disparado.
Autor: Guilherme Quadros
Email: gqkonig@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário