Nós, no ocidente, nos deleitamos com o rotulo de nos posicionarmos a
favor de uma causa que, aos olhos dos menos avisados, é uma revolução que busca
oportunidades e liberdade para todos igual a tantas ocorridas na região do
Oriente Médio e que, nós ocidentais, chamamos charmosamente de Primavera Árabe.
Tem muito mais do que apenas liberdade, tem poder, tem a riqueza do petróleo e domínio
sobre povos e pessoas.
E aqui, cabe uma
ressalva aos métodos empregados pelos insurgentes sírios que, sentindo a mão
forte do governo se opondo aos seus interesses e quando a causa revolucionaria
começou a perder folego, não mediram esforços para chamar a atenção e simpatia
para sua luta, tanto que atacaram de maneira vil, traiçoeira e odiosa a
população civil, dizimando famílias inteiras, incluindo aí idosos e crianças. O
fruto dessas matanças atribuiu-se ao governo, tendo como objetivo principal, macular
a imagem do governo oficial da Síria e através da pressão popular do ocidente
forçar uma intervenção militar na Síria, nos moldes já praticados no
Afeganistão (onde toda a população era terrorista) e Iraque (com um arsenal de
armas químicas), o que de pronto foi rechaçado pela Rússia e China, pois desta
vez, talvez, a opinião publica ocidental não fosse ludibriada novamente.
Como a chacina interna
não surtiu efeito, os insurgentes vieram com uma nova tática nada pragmática, mas
bem definida pelo contexto histórico que existe naquela região. Iniciaram
ataques pontuais a Turquia, tendo como objetivo, o envolvimento desse e,
possivelmente, outros países no conflito, deflagrando ali, uma guerra regional
de proporções inimagináveis, dada a inquietude e ranço histórico existente e
que envolve praticamente todos os países daquela parte do Globo Terrestre.
O que causa estranheza
e merece repudio dos formadores de opinião de todo o ocidente é ninguém
denunciar as atrocidades causadas pelos insurgentes sírios que, na gana de
abocanhar o poder, não medem as consequências de seus atos, inclusive com a conivência
de grandes nações do ocidente e, particularmente, do Conselho de Segurança da
ONU, que todos sabemos, quem é que domina e manuseia como bem entende.
Autor: Guilherme Quadros
Email: gqkonig@hotmail.com
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