Tangenciamos
entre o politicamente correto, o socialmente aceito e a mais pura e forte de
todas as sensações, nada mais nada menos do que as nossas vontades.
Hoje, já conseguimos
mensurar o tamanho e a robustez da guerra interna enfrentada por Adão no paraíso
já que, quando falamos em pecados, isso passa essencialmente pelo crivo pessoal
de cada um, pela necessidade física, espiritual e material misturada com o
tamanho de cada vontade.
O pecado da
gula, na verdade, pode até matar, basta que se coma em excesso. E o pecado da
carne? Esse pode te levar ao céu, literalmente falando, já que mistura o fato
de flertar perigosamente entre o simples e casual contato físico entre dois
corpos que resulta numa explosão de êxtase chamada prazer e, talvez, o inicio
de uma robusta e revolucionaria relação apaixonada nascida depois de um simples
caso de atração meramente física.
As tentações
estão aí, no dia-a-dia de cada um de nós. Pode estar estampada num belo
sorriso, num belo par de olhos castanhos, azuis, verdes ou negros como a noite
ou ainda, num esvoaçar de belos cabelos louros, pretos ou ruivos. Há, esses
cabelos ruivos . . .
Hoje, não
mordemos uma maça para soltar as amarras, mas clamamos por liberdade, sagacidade
de fazer acontecer, saborear o desconhecido, lapidando a própria vontade ao bel
prazer de dar, receber, viver, sentir. Enfim, orbitar entre o racional socialmente
permitido e o lado escuro da lua, tudo é permitido e buscado sem medo ou receio
de ser cobrado.
A atitude
social incorreta segundo minha convicção é mais pura essência de vontade
exposta e praticada pelo outro, sem medos, vergonhas ou recriminações, simplesmente
por que todos temos a obrigação de sermos e buscarmos a felicidade, fato mais
nobre e que reporta a nossa existência nesse paraíso chamado terra.
É Adão, as
tentações estão aí. Não tem maça, tão pouco serpente, mas tem comida, carro,
mansão, mulher, dinheiro, coisas que fazem o livre-arbítrio aflorar em cada um
de nós todos os dias com mais intensidade.
Acho que
todos temos que, eventualmente, morder aquela maça.
Autor: Guilherme
Quadros
Email:
gqkonig@hotmail.com
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