Aí, surge
outra pergunta: Onde está o amor? Ou ainda: onde está o verdadeiro amor? Sim,
por que se o procuramos mesmo estando com alguém, é claro que ainda não estamos
ou não achamos esse verdadeiro amor.
E ele surge
sorrateiramente, pregando peças, mudando rotinas, quebrando paradigmas,
traçando planos até ali nunca imaginados, planejando coisas diversa do teu
querer, tomando as rédeas da tua vida e ditando novos rumos e horizontes
distintos do até ali buscados. Tocando o teu eu lá no fundo e dizendo que “esse
teu eu não é mais teu”.
Onde você
esbarra com ele? Pode ser numa rua, no metrô, no ônibus, no trabalho ou até
numa loja. Basta um olhar, um gesto, um cheiro ou um sorriso e pronto. Tua
existência passa por uma metamorfose tamanha que tudo até agora vivenciado fica
num patamar secundário já que entramos num universo desconhecido onde experimentamos
sensações curiosas, anseios estranhos, violentando regras e sucumbindo em
devaneios que deixam as madrugadas infinitamente longas e geladas, sorvendo teu
ser e desregrando tua vida.
Então, você passa
a querer ver, falar, ouvir a voz, sentir seu cheiro, tocar na sua mão, enfim,
chegar perto. Às vezes, só passar onde a pessoa está, vê-la ao longe,
inicialmente ajuda, depois passa a ser pouco, dada a angustia que se instala,
feito um adolescente.
O que move
uma pessoa, onde toca, o que desperta, sacode e inspira, ninguém sabe. É uma
onda de sensações, talvez nunca sentidas que nos remete a procurar ser
diferente, fazer coisas diferentes e tentar explorar esse desconhecido
embriagante.
Ninguém sabe
por que, muito menos como acontece esse estalo, quando cria essa vontade,
quando flui esse sentimento, mas, ainda assim, isso nos faz sentir vivos, mão
suando frio, garganta seca, aquela expectativa de criança quando vai receber um
presente é a mesma quando está prestes a vê-la.
Há, esse
sentimento de amar alguém, sentir-se feliz apenas por saber que ela existe. Isso
alimenta nossos dias.
Como é bom saber que você existe e
faz meu mundo ter mais graça. Obrigado por me permitir saber que você existe e
me fazer sentir vivo.
Há, essa coisa chamada amor . . .,
estranho, inexplicável e adoravelmente gostoso de se sentir.
Autor: Guilherme
Quadros
Email:
gqkonig@hotmail.com
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